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Mato Grosso do Sul

Governo corta abono salarial dos servidores em maio

Valor de R$ 200 era esperado pelos funcionários.

Correio do Estado

24 de Abril de 2019 - 14:11

Governo corta abono salarial dos servidores em maio

Servidores estaduais vão ficar sem o abono salarial de R$ 200 em maio, segundo anunciado pelo secretário de Administração, Roberto Hashioka. O recado foi repassado durante reunião com sindicatos na manhã desta quarta-feira (24).

A reunião aconteceu a portas fechadas com pelo menos dez representantes dos sindicatos de servidores. Ela começou às 9h30 e encerrou às 12h. Em alguns momentos, era possível escutar alteração no tom de voz dentro da sala de reunião.

O abono salarial foi firmado em lei estadual 5.173 no ano passado e tinha validade até 31 de março deste ano. O acordo feito era de incorporar esse valor no salário dos servidores a partir deste mês, caso o governo saísse do limite prudencial, o que não aconteceu.

Servidores estavam temendo o que foi confirmado pelo secretário. De acordo com concursado que prefere não ser identificado, sem o abono salarial, suas finanças serão desestruturadas. "Ficamos sabendo que a folha de pagamento não foi fechada com o abono. Vai mexer no orçamento da família".

Conforme Hashioka, o Estado está acima do limite prudencial. "Temos questão importante do abono que estava vinculado sua incorporação caso o estado saísse do limite prudencial, mas isso não aconteceu. O Estado não quer reduzir o salário, mas quer manter o salário em dia, mas dentro do orçamento ".

O secretário disse que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) esteve em Brasília para saber o que pode ser feito, antecipado em termos de receita para cumprir com suas obrigações. "Nesse momento não apresentamos nenhum índice de reajuste, pois nossas contas não permitem uma projeção de revisão anual. Esse mês (maio) não vai ter abono, a princípio não vai ser pago".

Segundo o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, o secretário informou que não tem expectativa de reajuste. "Levantou hipótese do governo na questão do abono, eles têm empecilho jurídico e achar alternativa para pagar o abono, não nesse mês e talvez nem no próximo "

Teixeira falou que os servidores vão perder abono e têm expectativa maior de reajuste." Tem que ser maior da inflação, nosso administrativo tem piso menor que salário mínimo, mas dos professores tem lei e precisa ser cumprida".

O presidente sindical falou que o ideal seria incorporar esse abono com o salário, para os administrativos. "Na educação, o governo tem que cumprir o piso nacional que é 4.17% a partir de maio".

A categoria vai se reunir e tomar decisão dos próximos passo, conforme Teixeira. "Eles falam que a lrf está n o teto, mas é dever do estado fazer outras ações tributárias para  resolver a lei".