Mato Grosso do Sul
MS tem o menor índice de fraudes do Centro-Oeste
Dentre as 75.051 ocorrências registradas em julho, 12 mil correspondem à MS.
Correio do Estado
25 de Setembro de 2023 - 14:31
Entre a região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul teve o menor índice de tentativas de fraude em julho, somando 12.441 no mês citado, em que houveram mais de 75 mil ocorrências em todo território nacional, conforme divulgado pelo Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian.
Dessas tentativas de fraude por região, lideram no número de proteções em julho os Estados:
- Goiás (25.562);
- Distrito Federal (19.065);
- Mato Grosso (17.983) e
- Mato Grosso do Sul (12.441)
Aqui, cabe destacar que, na quantidade de tentativas totais separadas por Unidade da Federação, Mato Grosso do Sul aparece em 15º no ranking nacional, classificação essa liderada de longe pelo Estado de São Paulo, que ultrapassa as 225,7 mil proteções.
Já quando comparada a proporção de fraudes a cada 1 milhão de habitantes, Mato Grosso do Sul é o 5º do ranking, e o Distrito Federal é quem lidera com índice de 6.019 casos, seguido por:
- Santa Catarina (5.119);
- Mato Grosso (4.931);
- Paraná (4.921);
- São Paulo (4.769) e
- Mato Grosso do Sul (4.295).
Ainda, o Distrito Federal foi a unidade que apresentou a maior variação mensal (8%), indo de 18.120 registros para 19.065.
Vale ressaltar que, é possível medir as tentativas de fraude pelo indicador graças ao cruzamento de dados, que contabiliza consultas de CPFs, efetuado mensalmente na Serasa Experian, mais uma estimativa de risco de fraude, obtida por meio de modelos de probabilidade próprios do órgão.
Pontos vulneráveis e possíveis proteções
Através da iniciativa batizada como "fraudômetro", o Serasa estima a quantidade de tentativas de fraude de identidade ocorridas no Brasil, sendo mais de 7 milhões nos nove primeiros meses de 2023.
Nacionalmente, houve um crescimento de 3,4% entre os meses de junho e julho, com o setor de "Bancos e Cartões" - que representa fatia de 51,5% dos casos - sendo o preferido dos criminosos, cinco em cada 10 tentativas. Ainda, os criminosos visam aplicar golpes através dos segmentos de: “Serviços” (27,8%), “Financeiras” (15,8%), “Varejo” (3,6%) e “Telefonia” (1,4%).
Além disso, o Serasa destaca que há uma faixa etária mais visada pelos criminosos, sendo os adultos entre 36 e 50 anos (35,8%) os que mais relataram tentativas de fraude durante o primeiro semestre de 2023. Em seguida, a faixa mais cobiçada são entre 26 a 35 e acima de 60, respectivamente com os percentuais de 20% e 19,9% dos casos.
Dados do último ano mostram que 4 a cada 10 brasileiros (61% entre 3.633 pessoas ouvidas) já caíram em fraudes financeiras, como as comuns clonagens (20%) ou até mesmo as compras indevidas (19%), quando a vítima tem os dados vazados.
Quanto às perdas financeiras, a valor mais visado por criminosos (24% da parcela total) gira entre R$ 1000,01 e R$ 5 mil. Seguido pelas faixas entre 200 e 500 reais e até mil, correspondendo por 23% cada.
Os dados mostram ainda que os criminosos, inclusive, miram mais a faixa de até R$ 200 (18%), do que a tentativa de aplicar golpes com valores entre cinco e R$ 20 mil.
Sendo prejuízos financeiros, esses números ainda apontam que a grande maioria (58%) não conseguiu solucionar o problema de fraude. A parcela de quem recuperou parte ou todo o valor perdido soma 25%.
Ainda, diante do prejuízo, os dados mostram que boa parte (39%) sequer tomou alguma providência, com boletins de ocorrência registrados por 17%. Outros 5% disseram ter entrado em contato com o banco, que nada fizeram para minimizar os danos.
Cada vez mais populares, os golpes se apresentam nos mais variados tipos, indo das redes sociais até um falso motoboy, por isso a instituição frisa que é importante estar ciente dos golpes mais comuns, que ficaram mais fáceis com o avanço da tecnologia.
Com isso, é preciso estar atento e saber exatamente a origem de links antes clicar, baixar arquivos ou preencher cadastros, assim como estar atento ao passar dados como senhas e logins em determinados serviços.
Diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha explica que as compras via e-commerces e marketplaces também facilitaram as ações criminosas.
"O consumidor precisa ficar atento às dicas para se prevenir de golpes e é também papel das empresas investirem em soluções que validem, por meio de cruzamento de informações, se quem está usando o cartão é de fato quem se diz ser", conclui.