Superação: Rapaz sem os braços desafia limites e pilota motocicleta em competição de Velocros

Aos 21 anos, o douradense Bruno Paim, é a síntese, não de um clichê, mas retrata exatamente sua trajetória no esporte. Sem os braços, consequência de um problema genético, esta deficiência não o impediu de se tornar um dos principais nomes do ciclismo sul-mato-grossense.

Depois de várias conquistas na modalidade mountain bike, Bruno agora encara o desafio de competir numa nova modalidade, o velocross, uma das categorias do motociclismo.  Neste domingo ele esteve em Sidrolândia, deu algumas voltas na pista, experimentando a nova máquina com a qual pretende competir, embora ainda não haja uma categoria em que possa se encaixar.

Como o paratleta, Bruno tem uma carreira consolidada no ciclismo, colecionando conquistas e rompendo desafios, como o título mundial obtido ano passado em Costa Rica, onde foi disputado o campeonato mundial de mountain na categoria portadores de necessidades especiais, após 24 horas de competição. Esta conquista garantiu a Bruno presença na lista da Revista Forbes como um dos 90 jovens, abaixo de 30 anos, mais influentes do Brasil.

Bem-humorado, Bruno diz que desde criança aprendeu a conviver com a falta de braço. Nunca fez da deficiência física um obstáculo para superar desafios. “Aprendi com meus pais que na vida é preciso buscar seus sonho sem  medo. Se cair, levante, siga em frente”, destaca.