Mato Grosso do Sul
Suposto balão satélite do Google responsável por levar internet cai em propriedade rural de MS
G1 MS
08 de Janeiro de 2021 - 16:17
Um suposto balão satélite do Google caiu nesta sexta-feira (8) em uma propriedade rural de Paraíso das Águas, região norte de Mato Grosso do Sul. O equipamento foi localizado por um funcionário da fazenda Marechal Rondon, há cerca de 15 km da área urbana. A polícia de Paraíso das Águas foi acionada para preservar o local e o equipamento já foi retirado por técnicos de uma empresa terceirizada.
O G1 entrou em contato com o Google para sabe a localidade de lançamento e qual seria o trajeto do balão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
O balão faz parte do projeto Loon, do Google, e que está sendo testado no Brasil. O equipamento realizava mapeamento da região e o Loon consiste na criação de um sistema de balões que consegue fornecer melhor conectividade à internet para pessoas e áreas sem conexão à web em todo o mundo.
Há um ano, um balão satélite parecido com este, caiu em uma propriedade entre as cidades de Quaraí e Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Na época, a suspeita é de que se tratava de um equipamento do Google.
Segundo a empresa, o balão é como se fosse uma torre de celular conectada a um balão, que se move com correntes de vento a 20 quilômetros de altura para levar internet via rede 4G LTE para as pessoas.
Modelo de balão satélite que caiu em fazenda no Mato Grosso do Sul. — Foto: Projeto Loon/Divulgação
Ainda, de acordo com a empresa, a missão do projeto é oferecer acesso à internet às comunidades ainda não conectadas em todo o mundo e para isso sempre estão testando sua tecnologia em regiões que podem se beneficiar deste sistema.
Como funciona
De acordo com a empresa Loon, uma vez lançados ao céu, os balões navegam até o local desejado, passando por diferentes correntes de vento. Ao chegar em uma área que necessita de cobertura, um sinal de internet sem fio é transmitido aos telefones dos usuários que estão embaixo. Considerando que os balões voam em alta altitude, eles podem proporcionar uma área de conectividade até 30 vezes maior que as torres de celular convencionais.
Aterrissagem
Quando os balões completam seu ciclo no ar, o gás helio utilizado é liberado e um para-quedas é acionado para garantir uma descida lenta até a terra.
Conforme a empresa, os balões “não caem”, já que cada aterrissagem é planejada e controlada. Uma vez que o balão aterrissa, uma equipe de recuperação local se aproximará para recolher o balão e os equipamentos.