Mato Grosso do Sul
UFMS perde R$ 30 milhões com corte de verba para universidades federais anunciado pelo governo federal
A pró-reitora também afastou qualquer risco dos cortes afetarem os pagamentos dos servidores da instituição.
G1 MS
07 de Maio de 2019 - 09:11
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) vai perder cerca de 30 milhões, entre recursos para custeio e investimento, com o bloqueio de 30% dos recursos do orçamento previsto para 2019 anunciado pelo Ministério da Educação (MEC).
A pró-reitora de Planejamento, Orçamento e Finanças da instituição, Dulce Maria Tristão, disse nesta terça-feira (7), em entrevista no “Papo das Seis”, do Bom Dia MS”, que área mais atingida com o corte é a de custeio. Confira a entrevista.
Ela explicou que no custeio estão incluídas as despesas com o pagamento de água, energia elétrica, limpeza, manutenção e vigilância da instituição.
“Estamos discutindo, tendo reuniões diárias com os pró-reitores da instituição e avaliando onde poderá haver uma reorganização. Uma coisa o reitor já decidiu, não haverá corte nas bolsas para os alunos”, revelou, assegurando a manutenção dos pagamentos em dia dos auxílios moradia e alimentação aos alunos.
A pró-reitora também afastou qualquer risco dos cortes afetarem os pagamentos dos servidores da instituição. “Não há risco de corte de salário de professores e administrativos. O orçamento é dividido em três grandes partes. Uma é destinada ao pagamento de pessoal, tanto ativos quanto inativos. Essa não será afetada. Outra parte é para investimento em equipamentos e obras. Esse valor, que para a UFMS é de R$ 3,331 milhões está tendo bloqueio de 30%. E outra parte, que é a do custeio, é a que realmente será mais afetada”.
Dulce Maria também assegurou que não existe o risco do fechamento ou suspensão de cursos em razão dos cortes. “Estamos avaliando, fazendo estudos para ver onde pode ser cortado, onde pode ser reorganizado para que cheguemos ao fim do ano garantindo aos alunos a conclusão dos seus cursos ou a continuidade deles”, ressaltou, garantindo também a manutenção da data prevista para o vestibular para o ano de 2020, 1º de dezembro.
A pró-reitora explicou ainda que de um orçamento de cerca de R$ 900 milhões da instituição para este ano, cerca de 80% é destinado para o pagamento de pessoal. Entre 5% e 7% para o pagamento de benefícios e assistência aos servidores e que os recursos que sobram para o custeio da instituição representam somente entre 11% e 12% desse total.