Meio Ambiente
Guardiã do parque, Sucuri vai continuar lá e população terá de respeitar limites
Os policiais ambientais gostaram do que viram em relação às instalações do Parque Vacaria durante a vistoria.
Redação/Região News
26 de Janeiro de 2023 - 09:45
Os frequentadores do Parque Ecológico Vacaria, desde que respeitem alguns limites, circulem apenas nas trilhas de caminhada, não precisam se preocupar com a sucuri de 2 metros, cujas aparições tem sido fotografadas e filmadas por populares, registros propagandas nas redes sociais nas quais aparece em rastejantes desfiles ou se alimentando de um patos, animal silvestre da sua cadeia alimentar.
Não há menor possibilidade dela ser retirada de lá, mesmo porque o espaço é o habitat natural delas e de outros animais silvestre, que são da sua cadeia alimentar. Nesta quarta-feira, a pedido da Prefeitura, dois policiais militares ambientais estiverem no Parque, avaliando a gestão ambiental do espaço.
- Não há nenhum perigo. Desde que a pessoa respeite, não entre no espaço deles, que é o pântano, os aguapés e emaranhados. Nestes locais às vezes o risco menor é a sucuri, por haver outros riscos como inseto e outros animais -, comenta o sargento Carlos.
Ele diz que há uma imagem equivocada sobre a sucuri, porque é um réptil rastejante, a bíblia condenou a cobra; a novela e o filme mostram eles comendo pessoas; que são caçadoras. “Há muita lenda sobre o assunto”, revela.
O animal está coexistindo aqui, já estava antes. Tem um papel preponderante no meio ambiente, principalmente no Parque, onde tem trilhas, onde encontramos vários munícipes de chinelo, de tênis.
- A sucuri faz a assepsia de outros répteis venenosos, mais danosos pra população, e ele não tem esse cunho de ataque a crianças. Ele tem a necessidade biológica de se alimentar. Nos vimos que no Parque também tem aves aquáticas (patos), tem comida silvestre em abundância. Ele não precisa sair do limite do Parque para realizar esta busca por alimento. Para a população ter uma ideia, já estamos aqui há um tempo procurando-o, e é muito difícil de encontrar, porque ele se alimenta, pega um sol e se esconde no cantinho dele –, explicou o representante da PMA.
Crianças desacompanhadas e ataques contra os animais
Os policiais ambientais alertaram para que as crianças não estejam desacompanhadas no Parque Vacaria. A medida serve não somente para se prevenir de um ataque da sucuri, mas, principalmente, pelos riscos de se perder, se machucar, ou mesmo de se afogar.
Para o sargento Carlos, a criança obrigatoriamente deve estar próxima dos pais ou responsáveis quando frequentarem o local, e reforça que isto é uma regra, não somente por conta da presença da sucuri.
Em relação aos ataques e agressões aos animais silvestres, o policial alerta que se trata de crime ambiental, com punição severa aos agressores, conforme a legislação vigente no País.
- Nós constatamos ninho de quero-quero, de coruja, a sucuri que vai ali na descarga d’água para se alimentar, tem os patos, arara, outros pássaros e animais. Eles precisam ser preservados – disse.
Postar imagens nas redes sociais com os animais silvestres, também deve ser motivo de precaução, porque a lei os protege. Então, ao tirar fotos, todo cuidado é necessário com a divulgação. Se houver interesse financeiro, incentivo à caça ou ataque aos bichos, ou criar um ambiente de beligerância entre o animal e a sociedade, é crime, alerta a Polícia Militar Ambiental"
Os policiais ambientais gostaram do que viram em relação às instalações do Parque Vacaria durante a vistoria, e entendem que a Prefeitura está cumprindo com seu papel em gerir bem o espaço público.
- O Município tem que coexistir com o meio ambiente, e dentro do que visualizamos nesta visita, o Município tem todo este comprometimento com o meio ambiente, com a qualidade ambiental, preocupação com os animais. Nós encontramos o Parque muito zelado, para as pessoas tudo bem claro onde devem ir e o que devem fazer, vimos uma equipe realmente comprometida nos trazendo o acolhimento para que possamos auxiliar os senhores, e está de parabéns o Município – respondeu o sargento Carlos.