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100 brasileiros vão testar medicamento contra a Covid feito com células-tronco
G1
22 de Maio de 2021 - 07:49
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o estudo clínico de um medicamento especial de terapia avançada para o tratamento da Covid-19, o COVI-MSC TM. O estudo autorizado é de fase 2, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo e vai avaliar a segurança, a tolerabilidade e a eficácia no tratamento do desconforto respiratório agudo causado pela Covid-19. No Brasil, está prevista a participação de 100 voluntários em centros clínicos.
O COVI-MSC TM foi desenvolvido pela empresa americana Sorrento Therapeutics, representada no Brasil pela Synova Pesquisa Científica.
Os remédios chamados de "terapia avançada" são desenvolvidos à base de células ou de genes humanos. Assim como os demais, precisam da avaliação e do registro sanitário na Anvisa para ser liberado. No caso do COVI-MSC TM, ele é produzido a partir de células-tronco mensequimais derivadas de tecido adiposo expandidas por cultura alogênica.
Indicações clínicas
Até agora, não há registro e aprovação no país de produtos de terapia avançada à base de células-tronco para tratamento da Covid-19.
Esse tipo de produto só pode ser administrado em pacientes depois de registrados e de acordo com as instruções do fabricante.
Durante a fase de desenvolvimento e pesquisas controladas são definidas as indicações clínicas, os cuidados especiais durante e após o uso, as qualidades, as principais reações adversas e os critérios para gestão de riscos.
Medicamentos aprovados
Até agora, a Anvisa aprovou três medicamentos para tratar a Covid. Na semana passada, liberou o uso emergencial de um medicamento com anticorpos monoclonais. Ele não é vendido em farmácias e seu uso é restrito a hospitais.
Em março, o órgão anunciou o registro do antiviral remdesivir, o primeiro a ser aprovado no Brasil. Ele é um medicamento sintético administrado de forma intravenosa (injetado na veia) e age impedindo a replicação viral.
Em abril, o Regn-CoV2 foi aprovado para uso emergencial no país. Trata-se de um coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe, dois remédios experimentais.
Os dois também não estão nas farmácias e são restritos a hospitais.