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PESQUISA

Datafolha: 37% dos que recebem até 2 salários dizem sofrer com falta de comida

G1

24 de Dezembro de 2021 - 11:14

Datafolha: 37% dos que recebem até 2 salários dizem sofrer com falta de comida
Mulher mostra panela vazia durante protesto em São Paulo — Foto: André Penner/AP Photo

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta sexta-feira (24) mostra que 37% dos brasileiros que ganham até dois salários mínimos sofrem com falta de comida. Este número cai para 17% entre aqueles que recebem de 2 a 5 salários.

Veja as respostas para a pergunta "Nos últimos meses, a quantidade de comida na sua casa para você e sua família foi":

Até dois salários mínimos:

  • Mais do que o suficiente: 7%
  • O suficiente: 56%
  • Menos do que o suficiente: 37%

Mais de 2 a 5 salários mínimos:

  • Mais do que o suficiente: 12%
  • O suficiente: 71%
  • Menos do que o suficiente: 17%

Mais de 5 salários mínimos:

  • Mais do que o suficiente: 23%
  • O suficiente: 74%
  • Menos do que o suficiente: 3%

Mais de 10 salários mínimos:

  • Mais do que o suficiente: 27%
  • O suficiente: 68%
  • Menos do que o suficiente: 5%

A pesquisa também mostrou que o Nordeste é a região com mais pessoas que afirmaram que a quantidade de comida foi menos do que o suficiente (35%), seguida por Centro-Oeste/Norte (25%), Sudeste (23%) e Sul (21%).

E que, entre as famílias que recebem o Auxílio Brasil, 39% afirmaram que a quantidade de comida foi menos do que o suficiente. Nas famílias que não recebem o benefício, o número cai para 22%.

O levantamento foi feito de 13 a 16 de dezembro, com 3.666 brasileiros em 191 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.

Percepção do aumento da fome

O Datafolha também perguntou aos entrevistados se, neste período de pandemia, eles percebem que o número de pessoas que passam fome no Brasil aumentou, diminuiu ou ficou igual. Veja os resultados:

  • Aumentou: 89%
  • Diminuiu: 3%
  • Ficou igual: 7%
  • Não sabe: 1%

Segundo o jornal, a percepção de que a fome aumentou é predominante independentemente do perfil econômico e social do entrevistado ou da região em que ele mora.