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Policial

Decretada prisão de 22 envolvidos na Operação Consórcio

A quadrilha foi presa, após quatro meses de investigações, por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco)

O Globo

19 de Novembro de 2010 - 10:30

O juiz João Carlos Corrêa, de Búzios, decretou, na noite de ontem, a prisão preventiva de 22 pessoas, em sua maioria jovens da classe média alta, que foram presas no dia 22 de setembro durante a Operação Consórcio. As prisões aconteceram em Búzios, em Niterói, no Rio, no Espírito Santo, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Os jovens são acusados de vender, no atacado, maconha hidropônica e crack em Niterói e na Região dos Lagos. Eles tinham sido postos em liberdade, mas o Ministério Público pediu a prisão preventiva doS integrantes da quadrilha para garantia da ordem pública.

A quadrilha foi presa, após quatro meses de investigações, por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). O QG do bando era uma mansão na Praia Brava, com fundos para a Praia da Armação. O local funcionava como entreposto de drogas e para hospedagem de fornecedores do bando. Na casa de luxo também eram promovidas festas, regadas a maconha e crack, com a presença de funcionários de boates e organizadores de festas rave no Rio e na Região dos Lagos.

O magistrado justificou sua decisão alegando incerteza dos paradeiros fixos dos acusados. Ao descrever a gravidade dos crimes praticados, ele lembra que os moradores e frequentadores de Búzios não estavam acostumados com a presença da justiça no balneário, o que levou, segundo ele, a uma instabilidade na segurança social da cidade. Corrêa acrescenta que vem observando o aumento do consumo de drogas nos últimos anos em Búzios, "tomada por falsos bacanas que insistem em delinquir sob uma pseuda crença no manto da impunidade destruidora".

O magistrado informou que as investigações da Operação Consórcio não acabaram e que a qualquer momento podem ser decretadas prisões de outras pessoas envolvidas com a quadrilha. A Polinter já está à procura dos acusados que tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz.