Policial
Em depoimento à Polícia, assassino de garoto diz que alvo do disparo era jacaré
No depoimento à Polícia Civil, Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, garantiu que o alvo do disparo era um jacaré.
Flávio Paes/Região News
09 de Junho de 2019 - 19:45
O rapaz que no início da noite de sábado matou com um tiro no peito Luiz Otávio Santana de Lima, de 11 anos, primo da mulher dele, assumiu a autoria do crime, mas garantiu que não era sua intenção matar o menino. No depoimento à Polícia Civil, Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, garantiu que o alvo do disparo era um jacaré, mas o garoto acabou sendo atingido porque teria passado em frente da trajetória da bala calibre .22, disparada de um revólver artesanal.
Esta foi a segunda versão que Ivan apresentou ao delegado Diego Dantas, depois de inicialmente negar participação no homicídio, testemunhado por um irmão da vítima, L.F.S.L, de 13 anos de idade.
Preso em flagrante pela Polícia Militar, ainda com Luiz Otávio agonizando, quando era trazido para atendimento no hospital, o assassino será ouvido nesta segunda-feira pelo juiz criminal, quando provavelmente terá sua preventiva decretada e será recambiado para um presídio em Campo Grande onde aguardará a conclusão do inquérito e instauração do processo criminal.
O delegado Diego Dantas promete conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira para esclarecer alguns pontos em torno das circunstâncias que cercaram a tragédia ocorrida por volta das 18h30 do último sábado na Fazenda Furnas, propriedade na região da Serra do Cerro Corá.
O que se sabe até agora, conforme o relato inicial da irmã do garoto morto, Roseli Aparecida Santana de Lourenço, 21 anos, é que Ivan, junto com a mulher, a mãe e os dois irmãos do garoto assassinato, no sábado por volta das 15h30 deixaram a casa onde moram no bairro São Bento, para passear na Fazenda Furnas, onde trabalha como capataz o padrasto de Luiz Otávio.
Lá os dois garotos se juntaram a Ivan numa caçada na lagoa da propriedade, onde há jacarés. Em determinado momento, quando começava a anoitecer, por volta das 18h00, ouviu-se um disparo e o garoto de 13 anos, L.F.S.L chegou correndo à sede da propriedade já chorando e relatando a mãe que Ivan havia obrigado Luiz Otávio se ajoelhar, exigiu que rezasse um pai nosso e disparou contra o peito dele.
O garoto foi socorrido ainda com vida foi trazido numa caminhonete (junto com a mãe, o outro irmão e o assassino) para Sidrolândia, mas acabou morrendo no trajeto.