Policial
Família processa funerária após corpo cair de caixão na Capital e cobra indenização
A falta de transparência da funerária também gerou revolta na família.
Folha de Campo Grande
20 de Setembro de 2024 - 14:10
A dor da perda de um ente querido se intensifica quando acompanhada de negligência e desrespeito. É o caso da família de um idoso de 66 anos, cujo corpo caiu de um carro funerário na Avenida Gunter Hans, em Campo Grande. Indignados com a situação, os familiares decidiram processar a empresa responsável, buscando indenização por danos morais.
O caso ocorreu no dia 13 de setembro e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o caixão aberto caindo do veículo em movimento, causando revolta e comoção. A família, que só soube do ocorrido pelos jornais, alega que a funerária tentou ocultar o fato e ofereceu um acordo insatisfatório.
“É inaceitável o que aconteceu. A empresa não teve o cuidado necessário com o corpo do meu pai e ainda tentou esconder o ocorrido”, desabafou a filha do idoso, uma corretora de imóveis de 40 anos. Ela afirma que a família está traumatizada com a situação e busca justiça para que casos como esse não se repitam.
A advogada da família, Marina Nantes, explica que a ação busca indenizar os danos morais causados à família. “Além do sofrimento pela perda do ente querido, a família passou por um momento de grande humilhação e desrespeito. A empresa precisa ser responsabilizada por sua conduta”, afirma a advogada.
A família também reclama da troca do caixão, que ficou danificado após a queda. Segundo a corretora de imóveis, a funerária substituiu a urna por outra de qualidade inferior. “Eles não se preocuparam em oferecer um caixão digno para o meu pai”, lamenta.
A falta de transparência da funerária também gerou revolta na família. A empresa tentou justificar a demora na entrega do corpo alegando problemas mecânicos no veículo, mas a verdade foi revelada pelas imagens de segurança.
Este não é o primeiro caso de caixão caindo de carro funerário em Campo Grande. Em agosto, um episódio semelhante ocorreu no cruzamento da Rua Cubatão com a Avenida Ernesto Geisel. Na ocasião, a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg) advertiu a funerária responsável.
O caso da família que teve o corpo de seu ente querido jogado na rua por uma funerária é um exemplo da falta de respeito e profissionalismo de algumas empresas do setor. É fundamental que as autoridades competentes investiguem o caso e apliquem as penalidades cabíveis, além de fiscalizar de forma mais rigorosa as empresas funerárias. A família, por sua vez, busca justiça e espera que casos como esse não se repitam.