Policial
Fórum é arrombado e processos são levados por criminosos no MA
Os documentos, conforme a polícia, foram encontrados atirados no Rio Itapecuru, que corre atrás do prédio do fórum
G1
09 de Maio de 2011 - 15:24
O Fórum de Justiça de Rosário, cidade de 39,5 mil habitantes no norte do Maranhão, foi arrombado por vândalos na madrugada de domingo (8). Os criminosos invadiram o gabinete da juíza titular da comarca, depredaram móveis, e furtaram vários processos criminais, segundo a Corregedoria-Geral de Justiça do Estado.
Os documentos, conforme a polícia, foram encontrados atirados no Rio Itapecuru, que corre atrás do prédio do fórum.
A juíza titular da comarca, Rosangela Prazeres, qualificou o ato como uma tentativa de intimidação. Segundo ela, todos os processos que desapareceram foram encontrados nas margens e águas do rio, com exceção de um.
Notamos falta de um processo específico, porque todos os demais foram localizados atrás do fórum. Este que sumiu refere-se a um homicídio, que o júri já está marcado para ocorrer no próximo dia 17 de maio, disse a magistrada ao G1.
Mas é cedo para falarmos que o crime tem relação com este caso, acrescentou ela.
Vou esperar o resultado da investigação policial para restaurar o processo e, se possível, realizar o júri na data marcada. Não vou recuar e nem me intimidar, disse Rosangela, que teve a sala revirada pelos bandidos. Não posso atribuir até o momento a invasão a uma facção ou a criminosos específicos.
A juíza pediu proteção policial para o fórum e para resguardar minha integridade.
A Secretaria de Segurança do Estado informou que perícia técnica foi realizada no prédio na manhã de domingo (8) e o delegado de Rosário abriu um inquérito para investigar o desaparecimento dos processos. Segundo a polícia, algumas pessoas já foram convocadas para prestarem depoimento. O fórum não tem câmeras de segurança, informou a secretaria. Armas e outros móveis da unidade não foram roubados.
Conforme a Corregedoria-Geral de Justiça, tramitam no Fórum de Rosário atualmente 4.870 processos O corregedor Antonio Guerreiro Júnior informou que condenou o ato e pediu ao secretário de segurança do Maranhão empenho na elucidação do crime e denunciou o caso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).