Policial
Maníaco da Cruz preso em Ponta Porã, tem comportamento exemplar
Ela pondera que a execução de medida socioeducativa evidencia a necessidade do adolescente com enfoque na ressocialização
MercosulNews
24 de Novembro de 2010 - 16:57
Atualmente com 18 anos, o jovem que ficou conhecido como maníaco da cruz já está há dois anos na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã.
Condenado por assassinatos em série, praticados no ano de 2008, em Rio Brilhante, o rapaz tem comportamento considerado exemplar pelo diretor da Unei, Paulo César Vilaverde Torraca.
Se tivesse todos (internos) como ele, seria uma maravilha. Não daria alteração, ressalta o diretor. Paulo explica que o jovem fica em alojamento separado apenas devido ao tratamento psicológico que faz.
Entretanto, o diretor destaca que o rapaz faz todas as atividades que devem ser feitas em conjunto com os outros internos. O diretor enfatiza que o jovem é bom e calado. Fica sempre na dele, completa.
Os infratores têm direito a receber visitas todos os domingos e o maníaco da cruz vê os familiares uma vez por mês porque os parentes moram em Rio Brilhante. Conforme o diretor, a mãe, o padrasto e uma tia vão frequentemente à Unei para ver o jovem.
Sai ou não sai - O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê que adolescentes cumpram no máximo três anos de medidas socioeducativas. A juíza da 1ª Vara Cível de Ponta Porã, Larissa Castilho da Silva Farias, diz apenas que se trata de um caso que corre em segredo de Justiça e, por este motivo, não pode revelar se o rapaz poderá estar nas ruas já no próximo ano.
Ela pondera que a execução de medida socioeducativa evidencia a necessidade do adolescente com enfoque na ressocialização.
O caso - O maníaco da cruz confessa que matou três pessoas em Rio Brilhante, em 2008. Ele matou sozinho o pedreiro Catalino Cardena, 33 anos, em 24 de julho, a frentista Letícia das Neves, 22 anos, em 24 de agosto, e a estudante Gleice Kelly da Silva, 13 anos, no dia 7 de outubro.
O rapaz afirmou ter assassinado estas pessoas porque elas acreditavam em Deus e não viviam conforme as doutrinas religiosas. Ele conversava com seus alvos e, depois de classificá-los como puros ou impuros, dava a própria sentença. As pessoas que considerava impuras, o jovem matava e deixava em posição de crucificação.