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Política

Após divórcio do PMDB, PSDB se vê fortalecido em MS

O PSDB elegeu 12 prefeitos, 13 vice-prefeitos e 99 vereadores em todo Estado, consolidando-se assim como o segundo maior partido em Mato Grosso do Sul.

Assessoria

01 de Novembro de 2012 - 11:00

Ao afirmar que o Partido da Social Democracia Brasileira saiu vitorioso em Mato Grosso do Sul, o deputado Federal Reinaldo Azambuja, observou os números positivos nas conquistas de cadeiras de prefeitos, vices e vereadores em todo Estado e destacou a importância da participação independente dos tucanos na disputa pela Prefeitura da capital, fazendo um breve balanço.

Reinaldo relembrou os anos em que o partido que preside esteve atrelado ao PMDB e a forma como há quase dois anos o projeto de um voo solo começou a se fortalecer. “Nos víamos sufocados, sem espaço e sem voz fazendo parte de um grupo que há muito vinha centralizando as discussões e as ações. Neste momento surgiu o projeto ‘Pensando Campo Grande’. Imaginávamos que ouvindo as pessoas poderíamos ter um panorama melhor sobre o que a população esperava do próximo Prefeito de Campo Grande, quais suas demandas e o que os descontentava em relação ao quadro atual. Quando começamos a receber os primeiros questionários, percebemos a vontade de mudança das pessoas e ali tivemos certeza de que era o momento de oferecer uma proposta independente, que viesse ao encontro desse anseio da população pelo novo”. Completou.

Segundo Reinaldo, a escolha de seu nome para encabeçar esse projeto foi natural, e ao oficializar o partido foi unanime. “Cem por cento da executiva aprovou a escolha”. Contou.

Sabedores de que a decisão de desprender-se do PMDB, partido que estava no comando do Governo, da Prefeitura, Assembleia e Câmara também afetaria as conversações sobre coligações nos municípios do interior, Reinaldo manteve desde o inicio conversas com os presidentes do partido e lideranças em todo Estado, e disse ter se surpreendido com o que ouviu. “Não tivemos resistência alguma, ou dificuldade, quando começamos a discutir a ideia. A vontade de fazer diferente nas eleições de 2012 ecoou em todo Estado”.

Unido, o PSDB começava, a partir dali, a buscar as alianças. “Foi uma verdadeira guerra”. Comentou Reinaldo lembrando as conversas e as propostas, inclusive ‘absurdas’, que ouviu de alguns mandatários de partidos.

Segundo Reinaldo mais difícil do que conseguir os parceiros para o projeto era lutar contra as especulações em torno de sua possível desistência. “Desde o primeiro momento em que o partido se pronunciou favorável ao projeto de candidatura própria não nos passou pela cabeça, em nenhum momento, desistir de disputar a Prefeitura da capital”. Afirmou.

Depois de acordadas as alianças com PMN, PPS, PHS e PTN, a escolha do vice, segundo Reinaldo, também foi tranquila. “O Athayde complementou o projeto. Idealista e combativo abriu-nos espaço em setores com os quais não tínhamos tradição. Foi uma escolha bastante acertada do grupo.”

A convenção

“A convenção já aconteceu em clima de grande festa. Ali oficializamos o inicio de um trabalho de reconstrução do PSDB. Terminamos com as especulações sobre nossa coragem em terminar com a parceria com o PMDB e começamos a mostrar de onde viria a força para nos manter de pé sozinhos”. Argumentou.

Com a campanha na rua, os comentários de que a candidatura não decolaria e o grupo não teria mais do que 5 ou 6% das intenções de votos não durou muito. Mesmo com pouco mais de três minutos de programa na TV, em detrimento aos dezessete do adversário governista, Reinaldo conseguiu dar o recado, apresentando um plano de trabalho arquitetado em cima do que as mais de cento e vinte mil pessoas ouvidas no projeto ‘Pensando Campo Grande’ disseram. “Quando você ouve as pessoas, você erra menos” destacou Reinaldo, que não titubeou em apresentar a realidade das mazelas da cidade em seu programa.

Para Reinaldo, os mais de cento e treze mil votos que recebeu no primeiro turno, provaram o descontentamento da população com o modelo centralizador adotado pelos principais lideres do PMDB. “Não ofendemos, em momento algum as pessoas, ou falamos mal da cidade. Quando começamos a apresentar as falhas e o desperdício do dinheiro publico obtivemos respaldo da população e as denuncias começavam a chegar sem parar até a nossa equipe. As pessoas entenderam que ao mostrar as falhas e apresentar as possíveis soluções estávamos abrindo uma janela para discutir a cidade, junto com eles, e foi neste momento que vimos nossa campanha ganhar muito espaço. Sem ofensas, sem enganação, sem promessas vazias, apenas falando a verdade e ouvindo antes de propor qualquer coisa”. Avaliou.

Segundo turno

Ao obter 25,9% dos votos, ficando a apenas 2,09 pontos percentuais atrás do candidato governista, o grupo novamente usou da formula que o fez chegar até aquele resultado, para decidir apoiar o candidato do PP, Alcides Bernal. Uma pesquisa qualitativa e quantitativa ouviu os eleitores de Reinaldo, que decidiram juntos dos partidos aliados por apoiar o PP. “Além da pesquisa pesou o acordo feito no inicio do primeiro turno de que as oposições se uniriam para ajudar quem fosse para o segundo turno e o fato de o Bernal aceitar incorporar, a seu plano de trabalho, boa parte de nossas propostas”. Ressaltou.

O futuro

“Mesmo com esse salto que o partido deu, em termos de fortalecimento e espaço, ainda é cedo para falar em 2014. Contudo, de uma coisa os eleitores que apostaram no ‘novo tempo’ que sugerimos nesta campanha, pode ter certeza, nosso partido vai dar continuidade ao projeto de crescimento e será muito importante nos próximos processos”. Finalizou.

O PSDB elegeu 12 prefeitos, 13 vice-prefeitos e 99 vereadores em todo Estado, consolidando-se assim como o segundo maior partido em Mato Grosso do Sul.