Candidato a vereador vai parar na Polícia Federal por dar carona a eleitor em Sidrolândia

O candidato a vereador Mario Alves Custodio (PT) foi detido pela Polícia Militar de Sidrolândia e acabou indo parar no Departamento da Polícia Federal (Dpf) em Campo Grande, em decorrência de ter dado carona a um casal de assentados do Eldorado na tarde desta quarta-feira (03/10).

O assentado Hélio de Souza, acompanhado da esposa dona Lúcia, veio à cidade fazer as compras do mês no supermercado Sidrolândia que fica localizado nas proximidades do terminal rodoviário. Após efetuarem a compra de alimentos, estavam no aguardo de um ônibus que transporta os produtores familiares, com a demora, acabou pedindo carona ao candidato a vereador que é amigo da família.

Mario Custodio relatou a nossa reportagem que jamais tentou infringir a legislação eleitoral na tentativa de seduzir o casal dando-lhes carona em troca de voto. Ele afirma que é amigo da família e em sua avaliação, estava atendendo um pedido de alguém que frequenta constantemente sua residência, que tem certo grau de amizade.

“Certamente a lei tem que ser aplicada, mas em momento nenhum tentei burlar a legislação”, enfatiza. Mario explica que sua tranquilidade é tanta, que no momento em que estacionou o veículo em frente ao supermercado, mesmo sabendo que seus proprietários são adversários políticos, não se intimidou por se tratar de um amigo de longas datas.

A Polícia Militar fez a primeira abordagem a Mario Custodio quando ainda estava no estacionamento do supermercado, após uma denuncia da coligação “Sidrolândia para Todos”. Os policiais constataram que as mercadorias foram pagas pelo Senhor Hélio, que tem crediário no tal supermercado e não pelo candidato, conforme denuncia.

Notificado Custodio foi liberado, porém, minutos depois o caso foi denunciado ao promotor eleitoral, Dr. Nicolau Bacarji Junior. Ao tomar conhecimento de tal ilicitude o promotor manteve contato com a Polícia Militar e pediu a prisão do candidato a vereador. Mario foi detido na saida de Sidrolândia para Campo Grande nas proximidades da empresa textil Tip-Top. Por ser o candidato de origem indigena, a delegada Drª Debora Mazzola se recusou a lavrar o BO de autuação, alegando ser competência da Polícia Federal.

Diante ao impasse, o promotor eleitoral Dr. Nicolau, tomou as providencias cabiveis ao caso encaminhando o candidato, bem como seu veiculo, a sede da Dpf da capital onde aguardo o desenrolar do caso.