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Política

Cidadão será armado e nas propriedades rurais será permitido uso até de fuzil”, diz Bolsonaro em Sidrolândia

Em sua retórica, temas como Educação e Segurança Pública deram à tônica das criticas ao atual modelo implantado no país

Marcos Tomé/Região News

13 de Julho de 2017 - 10:08

Em rápida passagem por Sidrolândia, o deputado federal do Rio de Janeiro, Jair Messias Bolsonaro (PSC) provocou alvoroço, empurra-empurra e até discussão entre simpatizantes que buscavam fazer um registro fotográfico ao lado do presidenciável. Mobilizados pelos vereadores; Adilson Brito (PROS), Valdecir Carnevalli e Vilma Felini, ambos do PSDB, mais de mil pessoas foram até a Praça Porfírio de Brito.

Algumas lideranças aguardavam a chegada de Bolsonaro na panificadora Ki-Pão, onde faria uma parada para um lanche e bate papo com lideranças políticas da cidade, simpáticas ao seu projeto político. Mas um grupo de voluntários montou uma estrutura de som, iluminação e tenda para que pudesse discursar em praça pública.

Em sua retórica, temas como Educação e Segurança Pública deram à tônica das criticas ao atual modelo implantado no país. Criticou o desarmamento como meio de opressão ao povo brasileiro e ferramentas do socialismo. “Cada cidadão terá o direito de andar armado e nas propriedades rurais, será permitido o uso até de fuzil”, disparou.

Para Bolsonaro, todos devem ter tratamento igualitário e criticou o uso de quotas; “O índio é nosso irmão. A esquerda quer manter o Índio como animais na reserva, presos num zoológico. Ele será integrado a sociedade. O governo tenta lançar brancos contra os negros! Isto tem que acabar. Lançar homosexsuais contra heterosexsuais, pai contra filho, nortistas contra sulistas, ricos contra pobres. Não é assim que iremos construir uma sociedade justa e humana”, argumenta.

Foto: Reginaldo Mello/Região News

Cidadão será armado e nas propriedades rurais será permitido uso até de fuzil”, diz Bolsonaro em Sidrolândia

O presidenciável polêmico esta no Mato Grosso do Sul para participar em Nioaque, cidade onde serviu ao 9º GAC (Grupo de Artilharia de Campanha) entre os anos de 1979 e 1981, nesta quinta-feira das comemorações da Retirada da Laguna, um dos episódios mais marcantes da Guerra do Paraguai.

A manifestação de apoio ao deputado se estendeu por 45 minutos, tempo em que ele foi assediado pelo público como se fosse um astro pop, que os fãs se aproximam para fazer um registro fotográfico, pegar um autografo. Como sempre o tom do seu discurso foi polêmico e um dos seus alvos principais foi o ex-presidente Lula, que nesta quarta-feira foi condenado a mais de 9 anos de cadeia pelo juiz Sérgio Moro.

Sob os gritos de "mito" de seus fãs, em clara referência à eleição presidencial, Bolsonaro se esquivou de possíveis punições por campanha eleitoral antecipada. "Se alguém da justiça eleitoral estiver aqui, quero deixar claro que não sou candidato à presidência”.