Em momento decisivo, Adriane conversará com Tereza para escolha de novo secretário

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), conversará com a presidente do PP em Mato Grosso do Sul, senadora Tereza Cristina, antes de bater o martelo da escolha do novo secretário de Governo de Campo Grande.

O momento é decisivo para a prefeita, que prepara caminho para a reeleição no próximo ano. Normalmente, cabe ao secretário de Governo fazer toda a costura política da relação da prefeitura com a Câmara, passando por lideranças de bairros e instituições de um modo geral.

O nome mais cotado para a função é do vereador João Rocha, hoje no Partido Progressista, que está disposto a assumir a missão.  Marco Aurélio Santullo, braço direito de Tereza Cristina, também foi citado como possibilidade, mas deve cuidar da construção do partido no interior do Estado.

Adriane mudará de partido com a fusão entre Patriota e PTB e deve se filiar justamente ao PP, de Tereza Cristina, que demonstrou força na eleição passada ao se eleger com 829.149 votos e ter papel fundamental na eleição de Eduardo Riedel (PSDB). Tereza participou, inclusive da construção do apoio de Adriane a Riedel no segundo turno da eleição, quando fez o convite para que a prefeita se filiasse ao Partido Progressista.

Adriane resolveu esperar, mas deve concretizar, nos próximos dias, a filiação. A escolha deste novo secretário será o passo inicial desta parceria de Adriane com Tereza, pensando na eleição do próximo ano, já que caberá ao secretário de Governo toda esta construção na Capital.

Além da força, demonstrada nas urnas, Tereza traz com ela uma proximidade com o governador Eduardo Riedel e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou inclusive a falar da possibilidade de a prefeita se filiar ao PL.

Bolsonaro tem ótima relação com Tereza, o que o impediu de vir a Mato Grosso do Sul no segundo turno. Ele preferiu ficar neutro na disputa entre Riedel e Capitão Contar (PRTB) a pedido de Tereza.

A expectativa é de que, com apoio de Tereza, o PL de Campo Grande,  hoje liderado pelo deputado federal Marcos Pollon, não tenha tanto apoio do ex-presidente em eventual candidatura.