Fevereiro prenuncia desfecho do impasse político em Sidrolândia com decisão do TSE

Junto com a chegada de fevereiro, a retomada da pauta de julgamentos nesta terça-feira, a expectativa é de que nas próximas semanas haja o desfecho do impasse jurídico-político que jogou Sidrolândia mais uma vez, PSDB em 7 anos, na interinidade administrativa. Se o Tribunal Superior Eleitoral julgar favorável o recurso ao vencedor nas urnas da eleição de novembro, Daltro Fiúza assume o comando do Executivo pela 5ª vez. Na hipótese de uma sentença desfavorável, provavelmente em abril a população voltará às urnas em eleição suplementar.

O cenário atual, de indefinição, congela as articulações políticas e compromete o andamento da máquina administrativa. A prefeita em exercício, Vanda Camilo, ficou refém desta indefinição, dificultando qualquer planejamento de obras. Além disso teve de montar uma equipe, no mesmo dia da posse, para contemplar os 7 vereadores que lhe garantiram a vitória na eleição para presidência da Câmara, passaporte para sua ascensão ao comando a Prefeitura, ainda que interinamente.

Enquanto o TSE não decidir, o MDB acalenta o sonho de uma decisão favorável capaz de garantir a posse Daltro. Pelo menos publicamente, não faz nenhum movimento, seja para sinalizar apoio ao empresário Acelino Cristaldo como alternativa para representar o partido na eleição suplementar, ou optar pelo apoio a prefeita Vanda Camilo, na eventualidade dela se viabilizar no PP.

O PSDB, que há pelo menos duas décadas polariza a disputa política local com o MDB, ainda se recompõe do impacto da dupla derrota política, nas urnas em novembro e no processo sucessório da Mesa Diretora da Câmara que levou os adversários tucanos ao controle da máquina administrativa durante a interinidade. 

O desafio, caso a eleição suplementar seja marcada, será manter o PP na eleição e atrair o apoio do empresário Moacyr Almeida, que com sua candidatura a prefeito pelo Patriota, conquistou parte do eleitorado (teve mais de 3 mil votos) tradicionalmente simpático ao 45. Levando em conta que Enelvo perdeu a eleição por uma diferença de pouco mais de 1.500 votos, se parte dos eleitores de Moacyr tivesse optado por Enelvo, o PSDB teria vencido a disputa.

Em contato com a reportagem na manhã de ontem o empresário descarta qualquer aliança a menosprezar que ele seja o cabeça de chapa. "Sou candidato e vamos pra cima deles", garante.