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Política

Gerson anuncia comissão para monitorar gastos da Previdência e crítica às promessas populistas

Atualmente, conforme estimativa da Secretaria de Administração, a previdência estadual tem um déficit de R$ 12 bilhões, o que exigirá aumento da contribuição patronal.

Redação/Região News

27 de Março de 2024 - 13:15

Gerson anuncia comissão para monitorar gastos da Previdência e crítica às promessas populistas
Foto: Divulgação.

Na próxima semana a Assembleia Legislativa vai criar uma comissão encarregada de acompanhar e monitorar as receitas e gastos da previdência dos servidores estaduais. O presidente da ALEMS, Gerson Claro, lembra ser esta uma questão que envolve o futuro, mexe com a vida dos funcionários e seus dependentes, não há espaço para promessas populistas e irresponsáveis.

"Não podemos iludir as pessoas com promessas milagrosas de solução. É preciso garantir receita para o pagamento das atuais pensões e aposentadorias e de quem precisar do benefício daqui a 30 anos", comentou Gerson durante a sessão ordinária desta quarta-feira. Atualmente, conforme estimativa da Secretaria de Administração, a previdência estadual tem um déficit de R$ 12 bilhões, o que exigirá aumento da contribuição patronal.

O presidente da Assembleia explicou que não está em tramitação na Assembleia nenhum projeto para reduzir a contribuição previdenciária dos aposentados. "A iniciativa de matérias desta natureza é de competência exclusiva do Executivo”, explicou.

Na próxima semana começa a tramitar o projeto do Governo do Estado que cria um benefício de médico-social, no valor de R$ 300,00, para aposentados e pensionistas até o teto de pagamento do INSS, que hoje é R$ 7.786,00.

O abono, que será pago a partir de 1⁰ de abril, vai compensar em parte o impacto financeiro gerado pela cobrança de quem ganha acima do salário mínimo (R$ 1.412,00), do desconto de 14% para a Previdência Estadual.

Segundo o secretário de Administração, Frederico Felini, o abono vai gerar um custo mensal de R$ 3,2 milhões, beneficiando 11.130 aposentados e pensionistas, que representam 30% dos inativos. No caso, por exemplo, de quem ganha três salários mínimos (R$ 4.236,00) que hoje recolhe R$ 593,00 para a Previdência, com o abono, vai ter uma compensação de quase 50%.