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Política

Nelsinho pode assumir Casa Civil em 2013

O prefeito acredita que enfrentará mais candidatos em 2014 que o atual governador enfrentou este ano

Correio do Estado

31 de Dezembro de 2010 - 08:36

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) pode assumir a chefia da Casa Civil no governo André Puccinelli a partir de 2013, depois de terminar seu mandato na Prefeitura de Campo Grande. Nelsinho, no entanto, disse ao Correio do Estado que, no período de dois anos entre o término de seu mandato e as eleições de 2012, pretende exercer a medicina e proferir palestras em cidades do interior do Estado sobre sua experiência administrativa.

Os planos do governador para o atual prefeito são outros. Ele quer preparar Nelsinho para sucedê-lo no Executivo estadual e acredita que o prefeito poderá adquirir mais experiência se integrar o governo a partir de 2013.

Em entrevista ao Correio do Estado, Nelsinho disse que se sente preparado para asumir o governo. "O desafio de administrar uma cidade com todos os conflitos de uma metrópole como tem Campo Grande deixa abslutamente preparado para qualquer eventual missão maior", assegurou.

O prefeito acredita que enfrentará mais candidatos em 2014 que o atual governador enfrentou este ano. Ele acredita que mais uma vez o PT será o principal adversário do PMDB, mas disse que "não ficaria surpreso se PT e PMDB" estiverem lado a lado nas próximas eleições. "Na minha reeleição de prefeito, quase se consolidou uma aliança com PT", lembrou. "Na eleição da atual presidente (Dilma Rousseff) eles vão fazer de tudo para que essa aliança aconteça nos Estados, como já fizeram nessa campanha. Esse é um fator que deve ser pensado no futuro".

Eleições 2012

Antes de enfrentar a campanha eleitoral de 2014, Nelsinho terá o desafio de eleger seu sucessor, em 2012. Para escolher o candidato que terá seu apoio, ele contará com pesquisas quantitativas e qualitativas. "Nem sempre a quantitativa, que mostra quem é o mais popular, indica o melhor candidato para o momento", comentou. 

"Eu mesmo saí de uma disputa interna para me viabilizar candidato a prefeito através de pesquisas qualitativas. Mesmo estando na frente dos meus concorrentes partidários, a qualitativa mostrava que eu tinha o perfil que a população desejava".

Para o prefeito, o candidato escolhido não precisa ser, necessariamente, do PMDB. Recentemente, ele admitiu a possibilidade de apoiar o jornalista Antonio João Hugo Rodrigues, suplente do senador Delcídio do Amaral (PT). "Precisamos ter como algo claro que não queremos manter hegemonia partidária. Vamos lutar para manter uma sequência evolutiva crescente cada vez melhor e maior do trabalho que vem sendo desempenhado e aprovado pela população", explicou.

Para o prefeito, as qualidades pessoais do candidato são mais importantes que o partido ao qual ele é filiado. "Se uma pessoa que não é do PMDB tiver as virtudes para preencher a vaga, nós não teremos nenhuma dificuldade em indicá-la como candidato".

O prefeito está preparado para eventuais conflitos internos caso o PMDB decida apoiar um candidato de outro partido. Há quase 20 anos, o PMDB administra a Capital e a briga interna pela vaga de candidato a prefeito promete ser acirrada. O vereador Paulo Siufi e o deputado Marquinhos Trad, por exemplo, já declararam a intenção de concorrer.

"Toda mudança e toda transformação gera confusões até acomodar tudo. Mas, quando a regra é claramente definida e claramente respeitada com transparência perante todos, não se tem discussão", argumentou o prefeito. "Não vou antecipar que o candidato será alguém de outro partido. Pode ser do próprio PMDB. (...) Com a regra para escolha do candidato definida e claramente cumprida, não tem por que haver defecções".