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Política

PMDB tem semana decisiva para concluir arco de alianças com PDT, PP e PSB

Há setores do PMDB favoráveis há uma chapa pura, com a vereadora licenciada Roberta Stefanello sendo indicada candidata à vice.

Marcos Tomé/Flávio Paes

18 de Junho de 2012 - 00:01

A 12 dias de encerrar o prazo para homologação de coligações e candidaturas, o PMDB entra numa semana decisiva para fechar o seu arco de alianças que até agora inclui o PR, PT do B, PSC e PSD. O pré-candidato Acelino Cristaldo ainda trabalha para ter em seu palanque o  PDT, PP e PSB .

 Na terça-feira Acelino, acompanhado da presidente do diretório municipal do PMDB, vereadora licenciada Roberta Stefanello, volta a se reunir com o deputado estadual Alcides Bernal, presidente regional do PP.

No primeiro encontro, Bernal  apresentou uma agenda ampla de exigências para fechar uma aliança:  a vaga de vice (que seria da empresária Maria Gilca, ainda pré-candidata a prefeita), duas secretarias numa futura administração e estrutura para eleger dois vereadores. No encontro com Bernal, Acelino apresentará uma contraproposta.

Alguns setores do PMDB são favoráveis há uma chapa pura, com a vereadora licenciada Roberta Stefanello sendo indicada candidata à vice. Esta tese não é aceita entre partidos aliados como o PR, onde a preferência é pela indicação da empresária Gilca, o que facilitaria o entendimento com o PP.

Há otimismo com as chances de acordo com o PDT, embora o principal dirigente do partido, Gerson Claro, tenha mantido conversações com o PSDB e manifestado, numa reunião com dirigentes de vários partidos, dúvidas sobre a competitividade da chapa majoritária encabeçada pelo PMDB.

Gerson se disse favorável a uma frente partidária encabeçada pelo PT em que o candidato seria o vereador Jean Nazareth.  Este cenário (o do lançamento da candidatura de Jean) parece improvável diante da inclinação da cúpula petista local de alinhamento com o PSDB. Também parece quase descartada a possibilidade do PDT se bandear para o lado dos tucanos.

O pré-candidato Enelvo Felini não mostra disposição de aceitar as exigências dos pedetistas: indicar o candidato a vice e dois secretários.  Enelvo já ofereceu a vice ao PT, além das duas Secretarias. Outro fator que amplia as chances dos pedetistas estarem no palanque de Acelino é o alinhamento entre a maior liderança regional do partido, o ex-deputado Dagoberto Nogueira com o governador André Puccinelli.

Dagoberto é o virtual candidato à vice na chapa do candidato do PMDB, Edson Giroto à prefeitura de Campo Grande. Atrair o PSB é outro desafio que o PMDB terá de enfrentar nesta semana. O vice-prefeito Ilson Fernandes por enquanto mantém-se irredutível na sua disposição de disputar a prefeitura.

Ilsinho marcou a convenção para o próximo dia 30 em sua casa. Os peemedebistas esperam contar com o apoio do presidente regional do PSB, o prefeito de Dourados, Murilo Zauith para convencer o vice-prefeito a desistir.

São remotas as chances de Acelino atrair o PT que está na iminência de mergulhar num impasse caso a aliança com o PSDB seja aprovada no próximo dia 24. O acordo pode ser derrubado se a direção nacional colocar em prática a recomendação partidária que veta coligações com os tucanos, Democratas e o PPS.   

Amanhã está programada a reunião da Câmara de Recursos do PT que tem na pauta pendências do partido em Mato Grosso do Sul. O mais polêmico é o de Maracaju, onde a coligação com o PDT foi aprovada em prévias e o resultado acabou anulado pela Executiva Estadual.