Região
Adolescente é suspeito de matar irmão de 2 anos
Ele estava desaparecido e suspeita era de sequestro, mas caso foi esclarecido nesta manhã.
Campo Grande News
02 de Setembro de 2021 - 13:29
O menino de 2 anos, encontrado morto pela mãe, no final da tarde de ontem (1º), na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, foi vítima do próprio irmão, de 14 anos. Ele não foi sequestrado pelos criminosos, como se suspeitava no início, mas fugiu de casa depois de matar o irmão asfixiado e foi detido na manhã desta quinta-feira (2). A morte ocorreu na residência da família em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS). O adolescente cuidava do irmão pequeno, enquanto a mãe estava trabalhando.
O corpo de Miguel foi encontrado na cama, coberto com lençol branco. Ao lado, havia bilhete escrito em folha de caderno com as frases “eu sinto muito, seu filho viu o que não deveria ver" e “temos o outro filho mais velho”. Na manhã de hoje, a promotora de Justiça Reinalda Palacios, já tinha informado à imprensa paraguaia que a criança havia sido morta pelo próprio irmão. Segundo ela, ficou comprovado que o bilhete foi escrito pelo adolescente.
Imagens de câmeras mostraram o garoto de 14 anos alugando uma bicicleta depois de sair de casa durante a tarde. A bicicleta foi encontrada com ele hoje cedo. A principal suspeita até agora, é que ele tenha matado o irmãozinho acidentalmente. Depois escreveu o bilhete para enganar a polícia e a mãe e fugiu. A promotora Reinalda Palacios afirma que a suspeita contra o irmão se reforçou, após os cadernos do adolescente serem apreendidos para comparar a caligrafia. A letra do bilhete é exatamente igual ao trabalho escolar. O adolescente foi levado para a sede da Polícia Nacional no Bairro Jardim Aurora. Ainda não há informações sobre o local onde ele foi detido.
“A criança não tem lesão por enforcamento ou estrangulamento, é sufocação que pode ser compressão [...]. Tinha asfixia, um travesseiro, um plástico, algo assim que obstrui as vias aéreas”, explicou ontem, o médico legista Marcos Prieto. Ontem, ao encontrar o corpo do filho, a mulher chegou a levar a criança ao Hospital Regional, mas Miguel já estava morto. Ela entrou em estado de choque e precisou ser hospitalizada.