Após suplente ter votos anulados, cartório reconta votos para a Câmara de Maracaju

O juiz Marco Antonio Montagnana Morais comandou, na tarde desta terça-feira (1º), o processo de recontagem de votos para a Câmara Municipal de Maracaju nas Eleições 2020. O procedimento foi resultado da anulação dos votos da candidata e ex-vereadora Marinice Azevedo Penajo (Patriota), que confessou ter distribuído cestas básicas em ano eleitoral.

A recontagem não influenciou o resultado final das eleições quanto a composição da Câmara de Maracaju –os 148 votos que Marinice Penajo recebeu não influenciaram na eleição de 2 correligionários do Patriota, contudo, ela perdeu a condição de 4ª suplente da chapa.

Além do juiz, o promotor eleitoral Estéfano Rocha Rodrigues da Silva e outros interessados acompanharam o processo, que envolveu a importação dos dados da decisão judicial e da cassação do registro da candidatura, com o reprocessamento dos dados na totalização.

Em primeira instância, Marinice Penajo havia sido condenada pelo juiz ao lado do vereador reeleito Hélio Albarello (PSDB), que teve a sentença revertida no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul). Ambos foram acusados de utilizar seus subsídios em ano eleitoral para distribuir cestas básicas para a população, sob alegação de ajudar famílias em dificuldade com a pandemia de coronavírus.

A sentença original anulou os votos de ambos. Contudo, o plenário do TRE-MS concluiu, por maioria, que não havia provas suficientes de que Albarello participou da aquisição de cestas básicas para doação em período vedado pela lei eleitoral. O que foi anexado ao processo era que ele deu declarações prometendo realizar a doação, o que não se concretizou.

Marinice, porém, confessou ter efetuado a compra e distribuição de 50 cestas básicas. Com isso, teve as acusações e a condenação mantidas, com os votos nas Eleições 2020 anulados.