Região
Assassino se apresenta e confessa que não atirou mais porque só tinha 2 munições
Campo Grande News
14 de Abril de 2021 - 15:37
O assassino de Cristiano Mendes Rodrigues, 30 anos, se apresentou nesta tarde (14) na companhia de um advogado na 3ª Delegacia de Polícia Civil e confessou que matou a vítima à queima roupa no sábado (10) na Vila Margarida em Campo Grande. O motivo seria uma discussão banal entre ambos no mesmo dia do crime.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Ricardo Meirelles, o autor, que não teve o nome divulgado, apresentou a arma do crime, uma pistola .25, comprada na semana anterior ao crime e contou que atirou “apenas” duas vezes porque só tinha duas munições.
Ao delegado, o suspeito contou que conhecia a vitima de vista e que já teria soltado pipa juntos algumas vezes, porém na data do crime ele e o irmão discutiram com a vítima. “Teria sido uma discussão boba e no meio dessa discussão a dupla chamou a vítima de corno. Ele teria ido atrás do autor para tirar satisfação perguntando se o tal xingamento teria a ver com a namorada e novamente discutiram”, explicou Meirelles.
Pouco tempo depois, o autor pegou a arma e na companhia de outro rapaz foi até a casa do Cristiano onde realizou os dois disparos em direção da cabeça, voltou, subiu na garupa do veículo e fugiu. “A suspeita e pelo que as testemunhas contaram, é de que Cristiano não viu o que aconteceu”, afirma o delegado.
O assassino foi ouvido e liberado, porém será indiciado e responderá por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A polícia ainda procura o piloto da motocicleta que levou o autor até a casa da vítima. “Ele também será indiciado na participação do crime”, disse Meirelles.
“Matou-se por muito pouco. Temos a arma apreendida, o motivo totalmente fútil. Agora a dinâmica já foi esclarecida. O objetivo é finalizar isso o mais rápido para encaminhar ao judiciário para que essas pessoas respondam criminalmente pelo crime praticado", concluiu.
A namorada da vítima chegou a relatar no boletim de ocorrência que uma postagem na rede social teria iniciado a discussão, porém não foi confirmado.