Região
Chacina em Sanga Puitã: alvo era apenas um entre as vítimas
Conjecturas
09 de Junho de 2021 - 15:47
Apenas uma das vítimas assassinadas na madrugada do domingo passado, dia 06, no distrito de Sanga Puitã, era o alvo dos pistoleiros. O crime ocorreu por volta de 02h da madrugada, conforme relato de testemunhas diante dos disparos no interior de uma residência, quando um grupo de jovens participavam de uma festa regada a música alta e bebida alcóolicas.
Informações extraoficiais apuradas pela reportagem aponta para uma suposta desavença em que Vicente Rodrigues Júnior, uma das vítimas fatais no atentado, teria tido na semana do fato. Ele teria sido ameaçado dias antes e na véspera do crime, que atingiu outras três pessoas, duas dentre as quais mortas. Segundo ainda os levantamentos efetuados após a chacina, as demais vítimas foram fuziladas pois estavam no local juntamente com o alvo e teriam esboçado reação. A Polícia Civil de Ponta Porã ainda não tem nenhuma pista que possa ajudar a elucidar a chacina.
Conforme a perícia, foram efetuados mais de 60 disparos. Teriam sido quatro homens, dos quais dois desceram de um carro de cor escura e foram até o interior da casa. Um terceiro desceu mas ficou do lado de fora e o quarto homem do bando ficou ao volante do veículo aguardando o retorno dos comparsas.
O crime ocorreu durante a festa na casa localizada na Rua Marciliano Maciel. No momento do atentado, seis pessoas estariam no interior da residência, dos quais três foram assassinadas com disparos de arma de fogo de grosso calibre. Morreram no local Lucimara Porto Colmam, de 35 anos, e Maicon Douglas Moura, de 22 anos, além de, Vicente Rodrigues Junior, de 33 anos. Marcos Medina Recalde, de 26 anos, foi socorrido com ferimentos.
A violência do ataque também pode ser medida pela quantidade de disparos efetuados contra as vítimas já que a perícia criminal encontrou 36 cápsulas deflagradas de calibre 5.56mm, outras 21 cápsulas deflagradas de calibre 9 milímetros, e sete cápsulas deflagradas de calibre 380 espalhadas pela varanda e também nos fundos da residência onde acontecia a festa.
No distrito, o silêncio impera entre os moradores, assustados com a violência da chacina. Conforme as apurações iniciais, o alvo do atentado estaria ligado a crimes ocorridos nos dois lados da fronteira e estaria sendo caçado por uma quadrilha da qual fazia parte.