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Gerente é preso por engravidar filha de 13 anos: 'Quando soube, sugeriu a ela para tomar remédio abortivo'
Conforme a polícia, houve campana e o homem foi preso na noite dessa quarta-feira (26).
G1
27 de Setembro de 2018 - 16:29
Um gerente administrativo, de 40 anos, foi preso suspeito de engravidar a filha, uma adolescente de 13 anos. Ele mora em Aquidauana e já vinha sendo investigado há 6 meses, quando houve a operação Midas - deflagrada para capturar foragidos da Justiça - e então conseguiram identificar o paradeiro dele, em Ponta Porã.
Conforme a polícia, houve campana e o homem foi preso na noite dessa quarta-feira (26). "A vítima mora em Campo Grande e os pais dela são separados. Ela foi em Aquidauana passar férias com o pai, quando os abusos ocorreram. Em um primeiro momento, ele negou, porém exames periciais comprovaram o crime", afirmou ao G1 a delegada Marilda do Carmo Rodrigues, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Dam).
Em março deste ano, a bebê já estava com três meses de vida e a vítima compareceu na delegacia, para registrar um boletim de ocorrência. O homem não tinha antecedentes criminais e permanece em uma cela de Ponta Porã, porém deve ser encaminhado para o presídio em Aquidauana.
"A vítima alega que sofreu abusos neste período das férias e acabou engravidando. O suspeito tinha conhecimento da gravidez dela. Houve um dia em que ela sentiu dores no estômago e a gravidez foi constatada quando ele a levou para atendimento médico. Em seguida, a menina também disse que o pai sugeriu a ela para tomar remédio abortivo", ressaltou Marilda.
O suspeito deve responder por estupro de vulnerável, com o agravante dele ser pai da vítima. A pena pode chegar a 15 anos de reclusão.
Outro caso
No dia 31 de agosto, a polícia de Anastácio, município vizinho de Aquidauana, a polícia prendeu um auxiliar de serviços gerais, de 36 anos, acusado de engravidar a filha, uma adolescente de 13 anos. O homem estava foragido e foi achado em uma área rural do município, quando confessou o crime e ressaltou que os abusos sexuais ocorriam quando a vítima levava almoço para ele na fazenda, além das vezes em que "arrumava uma situação", na qual a mãe ia para a cidade e, em muitas situações, pernoitva em Anastácio.
Parto prematuro
O bebê nasceu no Hospital Regional Doutor Estacio Muniz, no bairro Guanandy. Durante as visitas assistenciais, os envolvidos que acompanham o caso perceberam que "ora ela se encantava, ora não queria a menina, já que ainda estava confusa e não aceitando a gestação", de acordo com Carmo.
Caso à tona
Maria Luiza Rivas também ressaltou que o caso "só veio à tona" porque a barriga da vítima já estava grande, aparentemente entre o 3° a 4° mês de gestação. "Nós fomos acionados pela PM [Polícia Militar], para ir até a 1ª delegacia e averiguar as informações da menor. Ela estava ao lado da irmã mais velha, que inclusive está a ajudando nas consultas médicas e pediu a guarda da menina. No depoimento do dia 5 de julho, deste ano, a menina falou que a mãe ia para a cidade resolver problemas, quando ele a levava para o quarto dele e cometia os abusos", falou em entrevista recente.
Antes da prisão no dia 31 de agosto, o delegado Jackson Frederico Vale, responsável pelas investigações, comentou que uma testemunha esteve na delegacia, ressaltando que ele recebeu uma medida cautelar do juiz, para se afastar da menina. Além de rasgar o documento, o suspeito comentou que fugiria e por isso foi pedida a prisão preventiva. Ele foi preso em uma aldeia.
O criminoso deve responder por estupro de vulnerável e o agravante da ameaça.