Saúde
Em 15 dias, dengue matou três pessoas em Mato Grosso do Sul
Na Capital, moradores têm se recusado a atender agentes de saúde
Correio do Estado
16 de Janeiro de 2020 - 10:14
Dengue já matou três pessoas em Mato Grosso do Sul neste ano, segundo aponta boletim epidemiológico divulgado hoje (15) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Na primeira quinzena de janeiro, foram 989 notificações de casos suspeitos, com 133 confirmados laboratorialmente.
Primeira vítima da dengue é um homem de 29 anos, que morreu no dia 9 de janeiro em Corumbá, por dengue hemorrágica. Vítima morava no centro da cidade e o Centro de Controle de Vetores realizou bloqueio mecânico na região, com identificação e eliminação dos criadouros e bloqueio químico com aplicação de larvicida.
Em Sete Quedas, dengue vitimou um adolescente de 17 anos no dia 10 deste mês. A terceira vítima da doença é um homem de 30 anos, que morreu no último domingo (10), em Campo Grande.
De acordo com o boletim, Alcinópolis é a cidade com maior número de casos confirmados de dengue no Estado, sendo 32, entre eles o óbito do adolescente. Na sequência, aparece Caracol, com 23 casos, e Itaporã, com 12. Campo Grande tem duas confirmações.
Em todo o ano passado, foram notificados 70.651 casos suspeitos de dengue no Estado, com 29 mortes em decorrência da doença.
RECUSA EM ATENDER EQUIPE
Em Campo Grande, apesar de apenas dois casos confirmados em 15 dias, muitos bairros têm altos índices de infestação pelo Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Por conta disso, operação de combate às endemias está sendo realizada, mas agentes têm encontrado recusa dos moradores em permitir a entrada nas residências.
Conforme a prefeitura, na região do Jardim Antártica, que é a terceira com maior índice de infestação, larvas do mosquito foram encontradas em 5,2% dos imóveis vistoriados, mas o que mais preocupa são os imóveis fechados, ou por estarem fechados ou porque o morador recusa autorizar a entrada da equipe no imóvel.
“É comum ver o agente batendo na porta do morador e, mesmo vendo o movimento lá dentro, ele não sai para nos receber”, disse o chefe de serviço de controle ao Aedes Aegypti, Vanderlei Rossati.
Durante todo o ano de 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.