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Saúde

Infestação de larvas preocupa; secretário revela que em 70 dias Saúde já registrou 195 casos de dengue

Foram identificados 879 pacientes com sintomas da doença; 1.483 casos por 100 mil habitantes.

Redação/Região News

29 de Março de 2023 - 09:55

Infestação de larvas preocupa; secretário revela que em 70 dias Saúde já registrou 195 casos de dengue
Secretário de Saúde Luiz Alves Pitó. Foto: Lucas Martins.

Sidrolândia é o 18⁰ município em incidência de dengue de Mato Grosso do Sul e em menos de 90 dias, já há 194 casos da doença confirmados por exames laboratoriais.,Este número corresponde a mais de 64% dos registros de todo o ano de 2022 que teve 300 casos. Nesta mesma época do ano passado, só haviam 5 casos confirmados.

Foram identificados 879 pacientes com sintomas da doença; 1.483 casos por 100 mil habitantes, ou seja, uma alta incidência. Em igual período de 2022 eram só 35 casos prováveis, indicador de baixa incidência, 59 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Na série histórica, computada por boletins epidemiológico da Secretaria de Saúde dos últimos 5 anos, em 2019 foram registrados 1.750 casos de dengue; 1.141 em 2020, quando um idoso de 67 anos morreu por causa da doença e 2021, foram 55 casos. Ano passado (2022), 345 notificações. De 8 mil domicílios visitados pelos agentes de saúde, em 400 foram encontrados focos do Aedes aegypti, 5% de infestação, quando o nível considerado tolerável é de até 1%.

Segundo o secretário de Saúde, Luiz Alves Pitó, a cidade passa por um surto de dengue em função do ciclo de pico de incidência que normalmente ocorre em intervalos de dois em dois anos, mas também muito em função do comportamento da população que não colabora, mantendo seus quintais limpos.

O nível de transmissão é alto, pois a cada 100 domicílios, em 5, é encontrado focos do Aedes aegypti.

O nível de transmissão é alto porque a cada 100 domicílios, em 5, os agentes de saúde encontraram focos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. As larvas encontram ambiente para procriar e eclodir em recipientes (garrafas, pneus, máquinas de lavar descartadas, tambores) que servem para armazenar água da chuva.

O secretário Municipal de Saúde, esteve nesta terça-feira na Câmara para expor o cenário epidemiológico da doença no município, o impacto gerado na estrutura de atendimento e esclareceu dúvidas suscitadas por vereadores que vem cobrando a aplicação do fumacê como medida de prevenção e controle do surto.

Pitó explica que o fumacê não está sendo aplicado em todo o País porque o Ministério da Saúde não tem comprado o Malathion, usado nas aplicações. O secretário explica que o fumacê não tem muita eficácia para evitar a proliferação da doença porque só elimina o mosquito na fase adulta quando ele já picou e transmitiu o vírus.