Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 23 de Novembro de 2024

Saúde

Secretário admite fila para exames e diz que Prefeitura planeja credenciar laboratórios para aumentar oferta

A Secretaria planeja credenciar laboratórios e centros de diagnósticos para pelo menos reduzir o tempo de espera.

Flávio Paes/Região News

20 de Setembro de 2018 - 14:46

Secretário admite fila para exames e diz que Prefeitura planeja credenciar laboratórios para aumentar oferta

O secretário municipal de Saúde, Nélio Paim, reconhece que de fato há pacientes esperando há mais de seis meses por exames de ressonância, tomografia, endoscopia ou ultrassonografia, situação denunciada na última sessão da Câmara pelo vereador Kennedi Forgiarini. 

No caso, por exemplo de ressonância, foram reservados 20 exames por mês para Sidrolândia, um paciente por dia de segunda a sexta-feira as quatro semanas do mês. A Secretaria planeja credenciar laboratórios e centros de diagnósticos para pelo menos reduzir o tempo de espera por alguns exames.

“O número de exames por mês para cada município é definido por meio da Programação Pactuada e Integrada, com a participação dos secretários municipais de Saúde e gestão do Estado. Nosso papel é simplesmente jogar no sistema de regulação, o Sisreg, que faz o agendamento, com prioridade para os casos mais urgentes”, explica Nelinho. O papel do município é garantir o transporte do paciente.  

Muitas vezes alguns pacientes conseguem “furar” a fila por meio de ações judiciais. Como nem sempre o Estado cumpre as liminares e com isto, o ônus acaba recaindo sobre o município que voltou a ser onerado com os atrasos nos repasses de alguns programas como o da farmácia básica, transporte de pacientes, saúde mental. Em 2017 o Estado atrasou os repasses por sete meses, represando R$ 1 milhão, dinheiro destinado ao co-financiamento de várias ações. Já há quase R$ 500 mil em recursos atrasados. 

Muitos pacientes que estão na fila espera, se manifestaram na página do facebook do Região News para relatar suas dificuldades. É o caso de Rosi Fernandes, que aguarda desde fevereiro por uma ressonância ortopédica necessária para indicar se vai precisar de cirurgia para resolver uma lesão no joelho, provavelmente menisco.  

Já Lucinei da Silva Siqueira, vai esperar cinco meses para fazer o exame de ultrassom que agendou em julho. Edilma Duarte já tentou mas não conseguiu marcar três exames de sangue solicitados pelo médico.