Saúde
Secretário promete equipar nova ala do hospital e cobra da Prefeitura mais recursos para funcionamento
Geraldo pretende participar como médico da primeira cesariana no novo espaço.
Flávio Paes/Região News
30 de Junho de 2019 - 20:40
O secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, vai cobrar da Prefeitura de Sidrolândia a repactuação dos recursos que atualmente destina para custear o funcionamento do Hospital Elmiria Silvério Barbosa. “Me comprometo garantir a aquisição dos equipamentos, mas o funcionamento da nova ala, com três centros cirúrgicos e uma estrutura completa de maternidade, depende do aporte de recursos do município, mas também do próprio Estado para contratação da equipe”, destacou o secretário (que é obstetra). Atualmente a Prefeitura repassa por mês R$ 200 mil para o custeio do hospital.
Geraldo pretende participar como médico da primeira cesariana no novo espaço, onde além de partos, a intenção é fazer cirurgias gerais, com exceção das de alta complexidade. “Queremos fazer deste hospital uma referência regional, para ajudar a desafogar a estrutura de saúde de Campo Grande”, destacou o secretário. O secretário cobrou da direção do hospital um plano de metas de serviços a serem prestados na estrutura que será entregue ao prefeito.
Um dos desafios será exatamente viabilizar recursos para contratação de um médico obstetra, um pediatra e um anestesista. Hoje o hospital não tem uma equipe a disposição para atender toda a demanda de grávidas que não podem fazer parto normal. Os casos de cesariana estão sendo encaminhados para Campo Grande.
O presidente do hospital Luiz Carlos Alves, ficou otimista com a fala do secretário, que mostrou empenho na viabilização de recursos para reforma do pronto socorro, lavandeiria e construção de um refeitório. O presidente da Câmara, Carlos Henrique, deve repassar até dezembro R$ 200 mil para instituição, metade deste valor, ainda neste mês. O dinheiro garantirá a construção de uma travessia que liga o prédio antigo ao novo.
A nova ala
A nova ala do hospital, que custou R$ 1,4 milhão, tem 538,34 metros quadrados de área construída. O espaço que abrigará a maternidade, com dois centros cirúrgicos (um deles obstétrico), tem salas de recepção, materiais e roupas esterilizadas, enfermagem, prescrição, parto normal (três salas). Tem também área de pós-cirurgia com quatro leitos, equipamentos, lavagem de materiais, desinfecção química, armazenagem de materiais esterilizados, quarto para o médico plantonista, farmácia, sala de higienização (recém-nascido).
A ordem de serviço da obra foi dada em dezembro de 2016, mas só começou efetivamente em março de 2017, após intervenção do ex-prefeito Enelvo Felini junto ao governador Reinaldo Azambuja. O então secretário de Saúde, Nelson Tavares, dois meses antes, (em janeiro), havia cancelado a contrapartida.
A obra mal começou e a empreiteira vencedora da primeira licitação se recusou a retirar a caixa d'água construída exatamente no meio do terreno onde estava planejada a construção do anexo. A alegação é de que a retirada não estava na planilha de custo da obra e o hospital não tinha recurso para bancar o serviço. A empreiteira acabou desistindo da obra em abril e foi preciso fazer uma nova licitação.