Alfa tira suinocultura do papel, prevê investir meio bilhão e gerar 700 empregos

A implantação do projeto de suinocultura em Sidrolândia, em meio a pandemia do novo coronavírus, avança forte com previsão de no primeiro trimestre de 2022, os produtores integrados começarem a engordar leitões trazidos de Santa Catarina. Segundo o coordenador do projeto, Paulo Both, com o encarecimento dos insumos da construção, além do custo na aquisição da área de 323 hectares (que inicialmente era para ser doada pela Prefeitura), o investimento estimado em R$ 269 milhões chegará a meio bilhão de reais.

A área já foi cercada, somando uma extensão de 9 quilômetros e até junho todo o serviço de terraplanagem estará concluído. O cronograma de obras começa no segundo semestre. Serão construídas 15 casas para os funcionários da Central de Produção de Leitões, estrutura administrativa (escritório, refeitório, garagem e área de higienização, a chamada formigação), além de uma área de lazer para os trabalhadores.

Nesta primeira etapa serão construídos seis galpões que alojarão 5 mil matrizes. Toda esta estrutura deve ficar pronta em 15 meses. Paralelamente os produtores integrados vão construir as 46 pocilgas (granjas de suínos) em que cada uma terá capacidade para engordar 1.512 leitões. Ano que vem eles receberão os animais vindos de Santa Catarina, pesando 23 quilos, para engorda e que serão abatidos no frigorífico da Aurora em São Gabriel do Oeste.

Sidrolândia literalmente entra no circuito da suinocultura e ganha uma nova matriz econômica que resultará em novas oportunidades de emprego" Vanda Camilo.

A prefeita Vanda Camilo (PP) esteve terça-feira na unidade da Cooperalfa, saída para Campo Grande. Ela ouviu uma exposição de Paulo Both sobre o projeto e garantiu que vai acelerar a aprovação do projeto de isenção fiscal do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), para beneficiar as empresas que executarão as obras na Central de Produção de Leitões, numa área na saída para Maracaju, a 40 km do centro da cidade.

O projeto, que inclui a implantação de uma fábrica de ração que será construída na sede da empresa às margens da BR-060 (para atender as pocilgas integradas), cria uma nova matriz econômica, agregando valor a produção de milho, com perspectiva de gerar até 700 empregos, entre direitos e indiretos.