Sidrolândia
Com abertura de acesso de 7 km, Cooperalfa dá largada ao projeto de suinocultura
Apesar de não ter recebido todas as contrapartidas oferecidas pelo poder público municipal, a Cooperalfa vai iniciar nos próximos dias a implantação do acesso de 7 km a área de 323 hectares adquirida na região do Assentamento Vista Alegre
Flávio Paes/Região News
18 de Setembro de 2020 - 07:57
Apesar de não ter recebido todas as contrapartidas oferecidas pelo poder público municipal, a Cooperalfa vai iniciar nos próximos dias a implantação do acesso de 7 km a área de 323 hectares adquiridas na região do Rio Serrote, parte da fazenda Limoeiro, da produtora rural Dalva Ferreira, onde vai implantar um matrizeiro de suínos.
A estrutura vai alojar inicialmente 5.160 matrizes para a produção diária, a partir de 2023, de 680 leitões que serão engordados até o ponto de abate no Frigorífico da Cooperativa Aurora em São Gabriel do Oeste, por 70 produtores integrados. É a largada do ambicioso projeto de suinocultura desenvolvido pela Cooperativa para Sidrolândia que em 10 anos prevê investimento no montante de R$ 260 milhões, sendo R$ 100 milhões só da Alfa.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira(18) em Sidrolândia pelo vice-presidente da cooperativa, Cladis Jorge Furlanetto, que esteve na cidade, acompanhado pelo presidente, Romeu Bet, homenageado pela Câmara Municipal, com o título de cidadão sidrolandense.
O acesso, que ligará a MS-162 a área do empreendimento, atravessará uma propriedade do ex-prefeito Ari Basso, fazenda Horizonte, que doou o traçado para a cooperativa. A Prefeitura deve ceder as máquinas e equipes da Secretaria Infraestrutura para abrir a estrada, executar a terraplanagem e o cascalhamento, material que deve ser cedido por produtores associados ao projeto de suinocultura.
Os dirigentes da Alfa se reuniram com o prefeito Marcelo Ascoli, que reconheceu a impossibilidade do município de honrar boa parte das contrapartidas prometidas à cooperativa numa carta compromisso assinada em março de 2019.
“Em função da pandemia, ficamos sem capacidade financeira para custear as contrapartidas do município”, admitiu o prefeito. A carta de intenções previa, por exemplo, a aquisição da área, que acabou sendo feita pela cooperativa que pagou R$ 6,4 milhões por 323 hectares.
A Prefeitura não vai perfurar poços artesianos para garantir uma produção diária de 60 metros cúbicos por hora (o equivalente a quase 20% da água que abastece a população urbana de Sidrolândia); nem os 80 mil metros quadrados de terraplanagem na área reservada às instalações.
Também falta viabilizar parceria (provavelmente junto ao Governo) para a instalar uma rede de energia elétrica capaz de atender uma demanda de 300 mil Kwa/mês). Apesar das dificuldades para garantir contrapartidas do poder público, o presidente da Cooperativa, Romeu Bet, garantiu que o projeto de suinocultura em Sidrolândia vai caminhar.
“Sabemos do momento delicado que o País atravessa. A legislação trava também cria dificuldades para os gestores oferecerem todo o apoio necessário”, comentou. Na terça-feira o presidente e outros dirigentes da Alfa, apresentaram o projeto ao govenador Reinaldo Azambuja e reivindicaram do Estado a concessão de incentivos fiscais (previstos na legislação) para o empreendimento. O projeto deve contar com financiamento do Fundo Constitucional do Centro