Sidrolândia
Direção do hospital confirma fechamento do CPN a partir de 2ª-feira
Com o fechamento dos CPN, os oitos funcionários que trabalham no Centro, podem ser dispensados.
Redação/Regiao News
29 de Abril de 2023 - 08:00
A partir da próxima segunda-feira o Centro de Parto Normal do Hospital Elmiria Silvério Barbosa será fechado após mais de 7 anos de funcionamento, período em que se tornou uma referência regional no parto humanizado tendo atendido neste período mais de 1.829 gestantes.
O fechamento do CPN, que chegou a ser anunciado há 3 meses, foi anunciado nesta sexta-feira pelas redes sociais num comunicado assinado pelo presidente da entrada mantenedora da instituição, Jacob Breure.
Com o fechamento dos CPN, os oitos funcionários que trabalham no Centro (4 enfermeiros obstetras e 4 técnicos de enfermeiros), podem ser dispensados, a menos que sejam remanejados para outros setores.
O espaço hoje ocupado pelo CPN, conforme o comunicado, será usado para receber as gestantes que estiverem em trabalho de parto normal.
O espaço hoje ocupado pelo CPN, conforme o comunicado do hospital, será usado para receber as gestantes que estiverem em trabalho de parto normal e conforme a avaliação do médico plantonista, puderem ter seus filhos no próprio hospital. Se o plantonista diagnosticar qualquer risco de intercorrência, serão levadas para a Capital.
Desde a semana passada já se sabia que o CPN seria fechado porque não se conseguiu viabilizar uma fonte de financiamento para custear o serviço orçado em R$ 350 mil por mês com a contratação de uma equipe de retaguarda em regime de plantão 24 horas. Hoje o Centro tem R$ 75 mil mensais e só obteve junto à Câmara mais R$ 150 mil por 3 meses.
O presidente da Câmara, Otacir Figueiredo, recebeu um ofício da direção do hospital que pediu o redirecionamento para custeio a verba de R$ 450 mil que o Legislativo destinaria para o CPN. A equipe de retaguarda seria integrada por obstetra, anestesista, pediatra e enfermeira.
O CPN começou a funcionar em março de 2016 e ao longo destes 7 anos, nunca teve uma equipe de retaguarda, embora essa fosse uma exigência para habilitação junto ao Ministério da Saúde. O Ministério Público entrou com ação e em janeiro, após decisão favorável da Justiça, a Promotoria deu prazo de 90 dias para o hospital contratar a equipe de retaguarda, sob pena de fechamento do CTN. O prazo foi estendido por mais 30 dias após a Câmara ter assumido o compromisso de devolver R$ 450 mil (em três parcelas de R$ 150 mil).