Sidrolândia
Em reunião com vereadores, Cledinaldo mostra pix de suposta propina que recebeu para aderir ao G-8
Admitiu em reunião na quarta-feira com outros 9 vereadores que recebeu R$ 30 mil para integrar o G-8.
Marcos Tomé/Região News
05 de Maio de 2023 - 14:46
O vereador Cledinaldo Cotócio, alvo de uma ação do advogado Luiz Cláudio Palermo que cobra na Justiça R$ 570 mil a título de honorários profissionais, admitiu em reunião na quarta-feira com outros 9 vereadores que recebeu R$ 30 mil para integrar o G-8, grupo articulado em outubro do ano passado com objetivo de ganhar a eleição da Mesa Diretora da Câmara realizada em 1° de dezembro de 2022.
A história tornou-se pública desde quarta-feira à noite, quando o ex-vereador David Olindo a expôs a partir de relatos repassados a ele.
Cotócio exibiu um comprovante do depósito em feito em sua conta no valor de R$ 25 mil e outro de R$ 5 mil para sua ex-mulher. O recurso foi repassado pelo proprietário de uma distribuidora de medicamentos. A história tornou-se pública desde quarta-feira à noite, quando o ex-vereador David Olindo a expôs a partir de relatos repassados a ele por Cledinaldo.
Nossa reportagem tentou contato com a empresa citada, mas não tivemos retorno. Na versão apresentada por David e confirmada ontem por Cotócio na conversa com os seus colegas do parlamento, todos os integrantes do G-8, receberam propina, mas tiveram de assinar promissórias ou, no caso de Cledinaldo, um contrato de serviços advocatícios, que seriam cobrados judicialmente, caso não honrassem o compromisso de votar no candidato do grupo a presidente, que segundo fontes, seria Eliel Vaz, que deixou a Secretaria de Esportes em novembro passado para integrar ao grupo.
Como a Cledinaldo foi oferecida à presidência caso se aliasse à base da prefeita, acabou desertando do G-8. No encontro de ontem com os vereadores da base da prefeita, garantiu que se Palermo não desistir da cobrança judicial, vai ele próprio ao Ministério Público denunciar o esquema, em troca de uma deleção premiada, mesmo que o preço seja a própria cassação do seu mandato e de outros sete colegas por quebra de decoro.
Entenda o caso
No último dia 23 de março o advogado Luiz Claudio Neto Palermo, ingressou com ação de execução contra o vereador Cledinaldo Cotócio, cobrando dele R$ 570 mil referente a honorários advocatícios e juros. O vereador assinou no dia 27 de outubro, um termo de reconhecimento de dívida reconhecido em cartório.
Conforme o documento, metade da dívida seria paga no mesmo dia e a parcela complementar, R$ 250 mil, 5 dias depois, 30 de outubro. De acordo com o advogado, o vereador o contratou para representá-lo na Justiça Eleitoral, caso o PP, partido pelo qual Cledinaldo se elegeu, reivindicasse a vaga dele porque Cotócio trocou a legenda progressista pelo Podemos.