Sidrolândia
Posto de gasolina São Bento adota cão e gata, que têm até uniforme
Crislaine Jara/Região News
02 de Fevereiro de 2021 - 10:32
Há dois anos o posto de combustível São Bento, localizado na Avenida Dorvalino dos Santos, em Sidrolândia, ganhou uma nova funcionária: Nega. A cadela morava em uma residência na região e se aproximou dos funcionários do posto. Dócil e educada, a cadela acabou adotada pelos 'colegas' e ganhou até um uniforme.
O amor pelos animais é uma marca registrada dos funcionários. Muitos cães e gatos passaram pelo local, mas, Nega chegou para ficar. “Jaguatirica”, nome dado a uma gata, também é fiel de muitos anos e, assim como Nega, foi adotada pelo posto.
Nega é uma cachorra de porte grande com mais de 10 anos de vida. Pertencia a Ofir Martinelli, já falecido. Os familiares chegaram a levar o animal para o pesqueiro onde residem, mas a cadela sempre voltava ao posto.
“Ela sempre vinha aqui, porque gostava de mim e da minha irmã, nós sempre tínhamos algo para ela. Quando seu Ofir faleceu, eles alugaram a casa e mudaram para o pesqueiro, a levaram, mas ela sempre fugia de lá e vinha para cá, aí pedi para deixá-la aqui, ela é muito amorosa, todo mundo conhece a Nega, ela usa até uniforme”, conta Maristela, funcionária do posto há 23 anos.
O animal, recebe os cuidados de Maristela, que além dela e de “Jaguatirica”, possui 17 gatos e 7 cachorros em casa. “A nega foi atropelada, cuidei dela, pegou cinomose, mas já está quase curada. Eu aplico as injeções e dou vitamina, como ela é idosa, está frágil”, comenta.
Maristela também mantém 8 pontos para alimentar cães e gatos de rua, distribuídos pela cidade. “Alguns pontos ficam perto da Aquidaban, todos são próximos um ao outro. Teve lugares que tive que mudar de rua, porque algumas pessoas não queriam na frente da casa. Aí procurei outro lugar, para não incomodar ninguém”, conta.
A funcionária conta que manter os pontos é um desafio. “Não é fácil manter, porque é um gasto alto e tem gente que maltrata. Teve uma senhora que eu colocava a ração, quando eu saia ela ia e jogava água. Em outro ponto, eu colocava leite e ração, eu virava as costas, uma pessoa ia lá e jogava areia dentro, para os animais não comerem. Não é fácil, mas Deus é maior que tudo”, afirma.