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Sidrolândia

Saúde pactua com o Estado 6.132 cirurgias que podem render quase R$ 10 milhões ao hospital

No ano passado, devido a problemas administrativos entre o hospital e a gestão municipal, foram realizadas apenas 97 cirurgias.

Redação/Região News

26 de Maio de 2023 - 14:30

Saúde pactua com o Estado 6.132 cirurgias que podem render quase R$ 10 milhões ao hospital
Jacob Breure presidente do Hospital Elmíria Silvério Barbosa e a prefeita Vanda Camilo. Foto: Arquivo/RN.

A Secretaria de Saúde de Sidrolândia, em acordo com o Hospital Elmiria Silvério Barbosa,  se habilitou para realizar 6.132 cirurgias eletivas ao longo de um ano, com financiamento do programa do Governo do Estado Mais Saúde. O objetivo do programa é eliminar a lista de espera por cirurgias eletivas e exames diagnósticos.

Caso todas as cirurgias sejam realizadas, o hospital garantirá uma receita bruta de quase R$ 10 milhões, o que equivale a 48 parcelas da subvenção mensal de R$ 225 mil que a instituição recebe da Prefeitura.

A tabela SUS não sofre reajuste há 11 anos e está completamente defasada. Portanto, multiplicamos os valores". Destaca Maurício Simões.

No ano passado, devido a problemas administrativos entre o hospital e a gestão municipal, foram realizadas apenas 97 cirurgias, o que representa 5,65% das 1.716 programadas e que renderiam mais de R$ 2 milhões ao hospital.

De acordo com o secretário de Saúde, Luiz Pitó, a programação beneficiará os pacientes que estão na fila de espera, abrangendo a demanda dos próximos 12 meses. Estão programadas 3.500 cirurgias oftalmológicas, 525 cirurgias ginecológicas, 140 cirurgias vasculares (tratamento de varizes), 147 cirurgias de otorrinolaringologia, 420 cirurgias gerais, 420 cirurgias de urologia e 980 cirurgias ortopédicas.

Para atrair mais hospitais à iniciativa , que visa eliminar as filas de cirurgias eletivas e exames diagnósticos no estado, o governo decidiu dobrar e até mesmo sextuplicar os valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por procedimentos e exames.

Conforme explicado pelo secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, essa medida foi tomada para compensar uma defasagem que já dura mais de uma década na tabela SUS. "A tabela SUS não sofre reajuste há 11 anos e está completamente defasada. Portanto, multiplicamos os valores".

Dentre os procedimentos mais caros, destaca-se a histerectomia bilateral (remoção do útero), que será remunerada em R$ 4.745.365,00. A reconstrução de um ligamento foi tabelada em R$ 4.631,12.

No caso da cirurgia chamada artrodese intersomática via posterior, um tratamento para a coluna, o Estado pagará R$ 12.997,74 pelo procedimento e arcará com os custos de R$ 13.812,82 dos insumos necessários para a reabilitação ortopédica do paciente.

Na área oftalmológica, a intervenção mais cara é a vitrectomia, utilizada no tratamento de doenças da retina, e o valor pago pela administração estadual ao hospital que realizar o procedimento será de R$ 9.403,68. O exame mais caro na "tabela própria" é o cateterismo cardíaco, cuja remuneração será de R$ 2,1 mil.