Sem garantia de financiamento, Centro de Parto Normal deve fechar

Após 3 meses de sobrevida a serem completados no próximo dia 1⁰, o Centro de Parto Normal do Hospital Elmiria Silvério Barbosa deve encerrar suas atividades brevemente. O presidente da Câmara, Otacir Figueiredo, recebeu um ofício da direção do hospital que pediu o redirecionamento para custeio a verba de R$ 450 mil que o Legislativo destinaria para o CPN. De acordo com Gringo, o hospital não conseguiu viabilizar uma fonte de financiamento permanente para custear a equipe de retaguarda do Centro de Parto Normal.

A equipe formada por obstetra, anestesista, pediatra e enfermeira, tem um custo mensal superior a R$ 350 mil e atualmente o hospital tem um repasse de R$ 75 mil. "A direção do hospital fez contato com a Prefeitura e o Estado, mas não conseguiu um aporte maior de recursos", explica Otacir. Estaria nos planos da entidade mantenedora do Hospital Elmiria Silvério Barbosa, substituir o Centro de Parto Normal por uma maternidade.

A direção do hospital fez contato com a Prefeitura e o Estado, mas não conseguiu um aporte maior de recursos.

O CPN começou a funcionar em março de 2016 e ao longo destes 7 anos, nunca teve uma equipe de retaguarda, embora essa fosse uma exigência para habilitação junto ao Ministério da Saúde. O Ministério Público entrou com ação e em janeiro, após decisão favorável da Justiça, a Promotoria deu prazo de 90 dias para o hospital contratar a equipe de retaguarda, sob pena de fechamento do CPN. O prazo foi estendido por mais 30 dias após a Câmara ter assumido o compromisso de devolver R$ 450 mil (em três parcelas de R$ 150 mil).