SIDROLÂNDIA- MS
Assentados querem criar Casa do Mel e tirar da informalidade produção
Os 60 assentados dedicados à apicultura em Sidrolândia estão empenhados em tirar a atividade da informalidade, com rótulo próprio, Selo da IAGRO do Serviço de Inspeção Estadual.
Redação/ Região News
31 de Março de 2024 - 18:52
Com uma produção anual de até 18 toneladas de mel, com receita potencial bruta de até R$ 514,2 mil, os 60 assentados dedicados à apicultura em Sidrolândia estão empenhados em tirar a atividade da informalidade, com rótulo próprio, Selo da IAGRO do Serviço de Inspeção Estadual.
A Associação dos Apicultores, criada em 2022, está empenhada agora em viabilizar um projeto ousado, construir a Casa do Mel na agrovila do Assentamento Geraldo Garcia (uma área de 2,2 hectares), empreendimento orçado em R$ 1 milhão. A ideia é oferecer para venda nesta unidade de beneficiamento além do mel, o portfólio completo de subprodutos, incluindo cera alveolada; pólen; mel no favo e própolis.
Segundo o presidente da Associação, Pedro Silveira Calazans, a produção de mel é uma atividade sustentável, que gera receita com aproveitamento das reservas ambientais dos lotes e em sistema de parcerias com os donos de propriedades vizinhas. É que as abelhas ao fazer a polinização na soja, garantem um incremento na produtividade da soja de 4 sacas por hectare.
Está parceria bem-sucedida é levada adiante no Alambari CUT pelo assentado Claudio José, que mantêm 120 das suas 130 caixas de colmeias na reserva de uma grande propriedade rural limítrofe ao seu sítio. Mesmo adotando um manejo de produção voltado para expandir as colmeias, tira uma produção anual de 400 toneladas que junto com o arrendamento do lote para pecuária, garantem o sustento da família. Uma garrafa pet de dois litros de mel (2,8 kg) é vendida a R$ 80,00.
A Casa do Mel, conforme o projeto elaborado pelo Senar, teria 195 metros quadrados de área construída, obra orçada em R$ 162 mil. O funcionamento da agroindústria dependerá da aquisição de uma série de equipamentos (ao custo de R$ 300 mil); terraplanagem, além da extensão das redes de água e energia elétrica. Além do Geraldo Garcia, há colmeias nos assentamentos Eldorado, Terra Solidária, Capão Bonito 1 e 2, São Pedro e Barra Nova; Santa Lúcia e no distrito de Quebra Coco. Todos foram treinados por técnicos do Senar e que também promovem capacitações periódicas.
No Geraldo Garcia 18 assentados se dedicam à apicultura. Pedro Silveira, presidente da entidade, produz 400 toneladas de mel por ano. Está na atividade desde 1997, quando fez um curso de capacitação pelo Senar em Corumbá, onde morava e fundou uma associação que viabilizou uma casa do mel em funcionamento até hoje.