Com a folha perto de 50,3% da receita, prefeito já admite cortar salário de comissionados para dar reajuste a servidor

A redução ainda que temporária dos salários dos comissionados é uma das alternativas que o prefeito Rodrigo Basso (PL) avalia para melhorar o salário base dos servidores com Ensino Fundamental de escolaridade e conceder a correção anual em maio, pelo menos da inflação acumulada.

O primeiro trimestre da gestão terminou com a folha de pagamento comprometendo 50,3%, reflexo do reajuste de 6,27% concedido aos professores; teve também o impacto do pagamento de R$ 1 milhão em rescisões herdadas da gestão passada; concessão de gratificações de até 100%.

Os gastos de pessoal caíram 6,54% em relação a igual período de 2024, mas o nível de comprometimento da receita não caiu na mesma proporção, porque a arrecadação do último trimestre foi 10,1% menor que a do ano passado. Com este nível de comprometimento, a Prefeitura superou o limite de alerta (48,6%) e se aproxima do prudencial (51,3%).

Em tese, a margem de aumento da folha é de 7,4% para chegar aos 54% da receita líquida. Na última sexta-feira, durante a Conferência da Cidade, os presidentes dos sindicatos que representam os servidores, cobraram de Rodrigo o envio à Câmara do projeto de revisão do Plano de Cargos e Salários do funcionalismo, promessa de campanha, que até agora não houve nenhuma negociação com a categoria e o 1⁰ de maio, data-base, se aproxima.

Já está definido que o menor salário-base da Prefeitura será o do nível 10, atualmente, R$ 1.532,00. Este valor significará um aumento de 12,34% para as merendeiras, que têm salário-base de R$ 1.363,71.