Com faturamento de R$ 3 bilhões, Sidrolândia tem a 3ª agricultura mais rentável de MS

A agricultura empresarial de Sidrolândia é a terceira mais rentável de Mato Grosso do Sul, em um ranking liderado por Maracaju, seguido de Dourados. Conforme a PAM/2023 (Pesquisa Agrícola Municipal), divulgada pelo IBGE, no ano passado, a comercialização da produção colhida em 467.910 hectares (a terceira maior área plantada do Estado) gerou um faturamento bruto de R$ 3.094.806. Essa receita corresponde a 6,19% do faturamento estadual do segmento (R$ 49,9 bilhões).

O faturamento se manteve estável em relação a 2022 (oscilou positivamente só 0,16%), mas em comparação a 2020, cresceu 63,67%, quando foi de R$ 1,9 bilhão (R$ 1.970.674.496,00). Soja e milho representam 95% do faturamento (R$ 2,9 bilhões). A comercialização das 880 mil toneladas de cana-de-açúcar colhidas em 12.770 hectares rendeu R$ 117,2 milhões. Houve um incremento considerável em relação a 2022, quando foram plantados 4.934 hectares de cana, com colheita de 366 mil toneladas, resultando em um faturamento de R$ 36,6 milhões.

Dourados é a vice-líder em faturamento, com cultivo em 434.388 hectares, mas o faturamento bruto foi de R$ 3.728.543,00. Maracaju, com uma área plantada de 623.605 hectares, registrou no ano passado o maior faturamento estadual com a venda da produção agrícola, R$ 5,3 bilhões (R$ 5.307.204,00), em 622.605 hectares. O município figura em 12º lugar entre os 5.563 municípios brasileiros, destacando-se apesar de o valor da produção ter caído 256% em relação a 2022.

O top 5 do faturamento é completado por Costa Rica, que ocupou o 5º lugar com um faturamento de R$ 2.359.628,00 em 209.503 hectares.

Expectativa

Conforme dados divulgados pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), a safra 2024/2025 terá um incremento de 13,2% na produção, podendo ser a segunda maior da história, com 13,9 milhões de toneladas. O plantio da soja está liberado a partir desta segunda-feira, e a Aprosoja-MS aponta que a área destinada ao cultivo da oleaginosa será de 4,5 milhões de hectares, um aumento de 6,8% em comparação à safra de 2023/2024, quando foram destinados 4,2 milhões de hectares no Estado. A produtividade estimada é de 51,7 sacas de soja por hectare, um aumento de 5,9% em comparação ao ciclo anterior.

“Serão produzidos em Mato Grosso do Sul 13,9 milhões de toneladas de soja, um aumento de 13,2%. Na safra 2023/2024, foram produzidos 12,3 milhões de toneladas de soja. Teremos muitos desafios pela frente, entre eles o clima e a organização financeira dos produtores rurais, que enfrentaram perdas significativas nas safras anteriores”, pondera o presidente da Aprosoja-MS, Jorge Michelc.

O volume estimado será apenas menor que o da safra 2022/2023, quando Mato Grosso do Sul colheu 15 milhões de toneladas da oleaginosa. O coordenador ainda explica que a média estimada pela Aprosoja-MS leva em conta os últimos cinco anos, tanto os altos quanto os baixos dos ciclos anteriores, e que há uma possibilidade de alcançar novamente uma supersafra.

“Se o clima colaborar a partir de novembro, acreditamos que podemos atingir, ou até superar, a meta de 13,9 milhões de toneladas. O produtor deve escalonar sua safra para melhor mitigar os erros na plantação”, explica Balta.

Preços

A safra de soja 2024/2025 promete ser positiva em comparação à safra de 2023/2024. A demanda internacional deve continuar em expansão, e, dependendo da oferta de grãos disponibilizada ao mercado internacional pelos principais países produtores, o preço da saca de soja pode ser impactado positivamente.

“Nas últimas safras, o preço médio ponderado da saca de soja apresentou uma tendência negativa, passando de R$ 168 para valores mais baixos, mas a expectativa é de que essa situação possa melhorar com a nova safra”, conclui o presidente da Aprosoja-MS.