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SIDROLÂNDIA- MS

Saúde mantém posto de vacinação contra raiva no Controle de Vetores

Segundo o veterinário Nilo Nogueira, coordenador do Centro de Zoonoses, Sidrolândia tem uma população canina e felina de 18 mil animais.

Redação/Região News

09 de Agosto de 2024 - 14:14

Saúde mantém posto de vacinação contra raiva no Controle de Vetores
Podem ser imunizados pets a partir de três meses. Foto: Divulgação

A população pode levar cães e gatos para vacinar contra a raiva no Controle de Vetores, que funciona na Rua Santa Catarina, 1850, em frente à Escola Municipal Valério Carlos da Costa. O posto funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h. Na zona rural, o trabalho está sendo feito por equipes volantes do CCZ e agentes comunitários de saúde. No dia 28 de setembro, acontecerá o dia "D", com vários postos de vacinação.

Segundo o veterinário Nilo Nogueira, coordenador do Centro de Zoonoses, Sidrolândia tem uma população canina e felina de 18 mil animais. Os donos devem levar os cães de coleira e os gatos em caixas de transporte.

Podem ser imunizados pets a partir de três meses, incluindo os prenhes e lactantes. Não podem receber o imunizante os pets que estejam doentes, tenham menos de três meses de idade ou tenham tomado vermífugos nos últimos 10 dias.

O que é a raiva?

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda, com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

A raiva é de extrema importância para a saúde pública devido à sua alta letalidade, por ser uma doença passível de eliminação no ciclo urbano (transmitido por cães e gatos) e pela existência de medidas eficientes de prevenção, como a vacinação humana e animal, a disponibilização de soro antirrábico humano e a realização de bloqueios de foco.

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordedura, podendo ser transmitida também por arranhadura e/ou lambedura desses animais. O período de incubação é variável entre as espécies, podendo variar de dias a anos, com uma média de 45 dias no ser humano, sendo mais curto em crianças. O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; à proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; à concentração de partículas virais inoculadas e à cepa viral.

Em cães e gatos, a eliminação do vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas. Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longos períodos, sem sintomatologia aparente.

Complicações

A infecção pela raiva progride, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como:

- Ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes;

- Febre;

- Delírios;

- Espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões.

Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa (“hidrofobia”). Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.

Importante: O paciente se mantém consciente, com períodos de alucinações, até a instalação de quadro comatoso e evolução para óbito. O período de evolução do quadro clínico, desde a instalação dos sinais e sintomas até o óbito, é, em geral, de 2 a 7 dias.