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Sidrolandia

Adolescência e violência são estudados e debatidos em congresso

Agência Brasil

30 de Agosto de 2010 - 07:26

Especialistas de diversas áreas de atuação, como educadores, psicanalistas e psicólogos, juristas e pesquisadores participaram do 1º Congresso Internacional Adolescência e Violência: Perspectivas Clínica, Educacional e Jurídica, que terminou no dia (28) no Parlamundi, em Brasília, depois de dois dias de discussões sobre o tema.

Um dos conferencistas foi o professor e psicanalista francês Olivier Ouvry, do Collège International de l”Adolescence, da Universidade Paris 13, que falou sobre o tema Violência e Psicopatologia do Pubertário.

Para ele, “a adolescência sempre causou um certo temor e esteve associada à violência, seja num plano clínico-psiquiátrico ou de teoria psicanalítica da adolescência”.

O professor afirmou ainda que a adolescência “é alguma coisa que vem questionar o infantil e, portanto, as referências e a autoridade paterna.

A própria novidade pubertária já é uma violência em si mesma, no começo da adolescência. Então, o adolescente vai expressar essa novidade questionando, por exemplo a autoridade paterna”

Por essas razões Olivier Ouvry considerou que a violência está presente normalmente na adolescência. Resta, então, fazer a gestão para que isso possa se inserir no contexto social de um modo apaziguado.

Ele acrescentou que cabe aos pais, durante a infância dar referências à criança que vão funcionar na adolescência. Se isso não for suficiente, na adolescência será necessário recorrer a equipes institucionais – compostas por educadores e outros especialistas”.

Paralelamente ao congresso foram realizados no Parlamundi, da Legião da Boa Vontade (LBV), o 2º Seminário Internacional sobre Adolescentes – Clínica e Cultura e o 3º Seminário de Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei.

Para discutir os temas, foram realizadas diversas mesas-redondas, debates e palestras com o objetivo de contribuir para a reflexão, estudos e pesquisas sobre as origens da violência adolescente, bem como fortalecer as redes nacionais e internacionais ligadas à adolescência e à juventude no enfrentamento à violência juvenil.