Sidrolandia
Agricultura familiar tem até o dia 8 para aderir ao programa da merenda escolar
Atualmente Mato Grosso do Sul conta com 365 escolas estaduais, contudo, até o presente momento 316 instuições estão com as chamadas públicas em aberto.
Portal do MS
25 de Janeiro de 2018 - 10:31
Produtores familiares interessados em participar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no primeiro semestre deste ano têm até o dia 8 de fevereiro para se manifestarem. Mais instituições de ensino abriram editais e o prazo do envio das propostas, que venceria no último dia 22, foi ampliado para daqui a duas semanas. O pequeno produtor rural deve consultar a data limite estipulada por cada colégio do seu município para não ficar de fora do processo seletivo.
A Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) está à disposição dos pequenos produtores rurais que necessitam de orientação quanto aos trâmites para inscrição no Pnae. Os editais de cada escola podem ser acessados aqui.
A Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, determina que no mínimo 30% do valor repassado a estados, municípios e Distrito Federal pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser utilizados obrigatoriamente na compra de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar, explica a secretária da SED, Maria Cecília da Motta.
Atualmente Mato Grosso do Sul conta com 365 escolas estaduais, contudo, até o presente momento 316 instuições estão com as chamadas públicas em aberto. Muitos dos colégios encerram suas chamadas já na próxima segunda-feira, 22 de janeiro.
O dinheiro para compra de produtos é repassado pelo Ministério da Educação (MEC) através do próprio Pnae como forma de incentivar uma alimentação de qualidade dentro da rede pública de ensino ao mesmo tempo em que fomenta a geração de renda nas pequenas propriedades rurais.
De acordo com a Agraer, a agricultura familiar do Estado é produtora de 113 itens que podem atender a demanda dos colégios. Os agricultores familiares devem ficar atentos às demandas das escolas do seu município e consultar o edital para verificar as especificações de cada instituição de ensino. Neste sentido a Agraer se faz presente para auxiliar o produtor e orientá-lo no que for necessário. Temos escritórios em cada um dos 79 municípios do Estado para bem atender os agricultores, afirma o diretor-presidente da Agraer, André Nogueira.
A chamada pública contempla instituições de ensino em todos os municípios sul-mato-grossenses e cada escola estadual tem autonomia para especificar os produtos que serão adquiridos via Pnae. Os cardápios das escolas estaduais de Mato Grosso do Sul são elaborados pelas nutricionistas da SED e disponibilizados no sistema específico para a execução do Pnae na Rede Estadual de Ensino, denominado Cheff Escolar, para que cada escola faça a escolha dos que melhor atende a seus estudantes, propiciando assim a preservação da cultura alimentar regional, o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento social e econômico local, enfatiza a secretária.
O governo do Estado tem interesse em incentivar a compra de merenda escolar pela agricultura familiar. Contudo, é importante que o produtor esteja atento às documentações necessárias, em especial, em posse da DAP [Declaração de Aptidão ao Pronaf]. Por isso a necessidade de buscar um de nossos escritórios para esclarecer as dúvidas e não perder o prazo do edital, alerta o dirigente André Nogueira.
A Rede Estadual de Ensino conta com 365 escolas e, no último ano, haviam 257 mil alunos matriculados. Em 2017, todas as escolas da Rede Estadual realizaram o processo de Chamada Pública, ao menos duas vezes no ano, para a aquisição exclusiva de alimentos da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural, inclusive, antes do processo de licitação, de forma a atender prioritariamente este público. A alimentação escolar passou a contar, assim, com produtos diversificados e saudáveis, ajudando disseminar na sociedade os princípios da promoção da alimentação adequada e saudável, finaliza Maria Cecília da Motta.