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Sidrolandia

Ala do PT quer atitude de Dagoberto contra “infiéis

Os petistas Antônio Carlos Biffi (candidato à reeleição para Câmara Federal) e Thaís Helena (candidata à Assembleia) querem medidas contra os infieis

Redação de Notícias

12 de Agosto de 2010 - 06:33

Os petistas Antônio Carlos Biffi (candidato à reeleição para Câmara Federal) e Thaís Helena (candidata à Assembleia) querem medidas contra o enfraquecimento da chapa do PDT e a recente “migração” de candidatos para a campanha de seu principal opositor, o PMDB.

Eles aumentam o coro às criticas que os deputados estaduais Pedro Teruel e Amarildo Cruz fizeram ao candidato ao Senado Dagoberto Nogueira (PDT), em discurso na sessão de ontem, na Assembleia.

Na opinião deles, Dagoberto não está trazendo vantagem ao Partido dos Trabalhadores e ainda permitiu que dois candidatos na chapa proporcional desistissem de suas candidaturas e fossem trabalhar na campanha de adversários diretos dos petistas.

Além disto, esperam que o PDT tome medidas, já que até mesmo prefeitos do partido anunciaram apoio à chapa do PMDB, sem que nada fosse feito por Dagoberto, que responde pelo diretório estadual.

“A vaga poderia ser do PT, não colocamos e eles saíram. Foram apoiar o adversário”, reclama Biffi. De acordo com o deputado, Dagoberto é carregado pelo PT. “Ele diz que (a saída dos candidatos) não fará diferença. Na verdade, quem carrega o Dagoberto é o PT, o time dele esvaziou”, frisou.
Os gastos de campanha do deputado federal também foram questionados, já que até o momento ele declara ter gastado “apenas” R$ 17 mil.

Em discurso na tribuna, na terça-feira, Teruel afirmou que enquanto Delcídio do Amaral havia investido R$ 1,4 milhão na campanha, incluindo repasses a outros candidatos, o aliado Dagoberto Nogueira gastou apenas os escassos R$ 17 mil. “Lamentavelmente nosso parceiro e aliado do PDT não está nos ajudando”, afirmou Teruel. “Pessoas que o apoiavam estão saindo e deixando de fazer campanha do nosso lado”, acrescentou.

Junior Teixeira, de Dourados, e Rui Spindola, de Bataguassu desistiram de disputar a eleição e optaram por apoiar candidatos da coligação adversária, “Amor, Trabalho e Fé” (o democrata Luiz Henrique Mandetta e o peemedebista Fábio Trad).

“Quando uma aliança dessa prejudicar o meu partido, eu vou reclamar”, disse Teruel.

Na mesma ocasião, o deputado Amarildo Cruz acrescentou que Dagoberto “é um parceiro que não faz nada”, enquanto Delcídio é campeão de gastos porque é humilde e ajuda os companheiros.

Empenho - Tanto Biffi quanto Thais Helena esperam que o candidato se explique e tenha mais empenho na corrida eleitoral, já que parece estar pensando apenas em sua candidatura. “Ele coloca o nome de toda a coligação em sua publicidade, mas deixa os quadros do PDT fazerem o que bem entendem. Isso enfraquece nossa chapa proporcional e também a majoritária”, ressalta Thais.

O fato de Gilda dos Santos, esposa do candidato ao governo, Zeca do PT, ser suplente de Dagoberto e mesmo assim não haver atitudes firmes quanto as medidas adotadas pelos filiados do PDT, em mudar de barco, incomoda os petistas.

“Já falamos com o nosso presidente (Marquinhos Garcia) que converse com o Dagoberto e tente resolver isso, que pode acarretar em prejuízos para todos nós. Afinal, a desistência de candidatos à Assembleia e a Câmara deixa lacunas”.

“Me disseram que eles desistiram por que notaram que não haveria empenho e apoio financeiro às suas candidaturas. Oras, então ele não se importa nem com seus companheiros?”, questionou a petista.


Chapas – De acordo com Dagoberto, os petistas que reclamam tem informações erradas, já que os dois candidatos que desistiram de suas candidaturas, não deixaram de apoiar a coligação. “A única diferença é que vão trabalhar em candidaturas para federal, devido a acordo deles. O apoio a nossa coligação continua o mesmo”, explica.

Dagoberto ressalta que a ausência destes candidatos na chapa não fará diferença, já que ainda restam 5 candidatos do PDT. “Isso por que nós queríamos montar chapa pura (do PDT) para federal. Nós sabíamos que poderia dar confusão a chapa mista. Ninguém quer batalhar votos para candidatura de outras pessoas”, cita.

O candidato também disse que são reclamações pontuais e que tanto ele, quanto os setores do PT irão conversar e resolver as reclamações dos parlamentares. “Caminhamos junto do Delcídio ontem, vamos reunir o pessoal. Nunca abrimos mão de ficar com o Zeca. O meu lado sempre foi esse”, comenta.