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Sidrolandia

Americana vítima de explosão de bueiro pode ter alta em 45 dias

A fase mais crítica do tratamento acontece nos próximos dez dias e inclui a limpeza dos ferimentos e a aplicação de atibióticos.

O globo

01 de Julho de 2010 - 14:41

Confiante na recuperação da estudante Sara Nicole Lowry, de 28 anos - vítima da explosão de um bueiro em Copacabana -, a equipe médica da Clínica São Vicente acredita que ela poderá ter alta em 45 dias. No entanto, o médico Marco Aurélio Pellon não descarta ainda o risco de morte da paciente, que teve 80% do corpo queimado.

- Em um quadro semelhante ao da Sara, a pessoa tem 90% de risco de morrer. No entanto, acreditamos que o quadro de saúde dela vai evoluir bem, porque é jovem, e as vias aéreas não foram afetadas - informou o médico durante entrevista coletiva.

A fase mais crítica do tratamento acontece nos próximos dez dias e inclui a limpeza dos ferimentos e a aplicação de atibióticos. Ao final deste período, segundo o médico, começa o processo de cicatrização.

De acordo com o Dr. Paulo Zimmer, também da clínica São Vicente, o marido de Sara, David, que teve 30% do corpo queimado, deve ter alta médica em 30 dias.

- Essa é uma previsão baseada no fato de que eles vão continuar evoluindo bem. No entanto, depois da alta médica é preciso ainda fazer tratamento ambulatorial. A recuperação completa do casal deve durar seis meses - diz o médico.

Por enquanto, o médico descarta a necessidade de cirurgia e diz que o rosto da americana não ficará deformado. Segundo ele, as partes do corpo mais afetadas são os seios, as costas e o braço direito, onde ela sofreu queimaduras de terceiro graus, em que a pele fica totalmente queimada.

Sara também sofreu queimaduras de segundo grau, que podem se cicatrizar sem enxerto. A mãe dela deve chegar ao Rio no fim da tarde desta quinta-feira e é aguardada ainda hoje no hospital.

A chefe do Serviço de Dermatologia da UFRJ, Mônica Ramos e Silva, explica que o nível 3 - o caso de Sarah - é o mais grave das queimaduras e é capaz de atingir alguns órgãos, que podem parar de funcionar.

- O risco de morte é muito grande - avaliou ela.

O acidente aconteceu na esquina da Rua República do Peru com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Na quarta-feira, o titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), Fernando Reis, afirmou que a Light ou os funcionários responsáveis pela manutenção do sistema na região do acidente poderão ser indiciados por lesão corporal culposa ou homicídio culposo, caso Sarah não resista.

David e Sarah chegaram ao Brasil em fevereiro, pouco depois do carnaval. Eles são estudantes da USP e vieram à cidade para encontrar rappers e ativistas do movimento hip hop na Cidade de Deus, na Zona Oeste, e em Vigário Geral, na Zona Norte.