Sidrolandia
Após dois meses, Arruda deixa prisão no Distrito Federal
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) deixou ontem a prisão depois de dois meses detido em uma sala da Polícia Federal
13 de Abril de 2010 - 07:33
A decisão para soltá-lo foi tomada pelos 13 ministros mais antigos do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em quase uma hora de um julgamento acalorado. O placar foi de 8 a 5.
O relator do pedido de revogação da prisão preventiva foi o ministro Fernando Gonçalves, o mesmo que determinou a prisão no dia 11 de fevereiro. A decisão beneficiou outros cincos aliados que também estavam presos pela tentativa de suborno.
Para Gonçalves, Arruda, que teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral enquanto estava preso, não tem mais poderes para atrapalhar nas investigações. O ex-governador é acusado de chefiar um esquema de arrecadação e pagamento de propina.
"Não há depoimentos a serem colhidos e cabe realçar que várias testemunhas e indiciados ficaram calados. Não existem mais razões para a prisão preventiva, as diligências da Polícia Federal que restaram são de caráter técnico", justificou o ministro, que disse ter recebido o relatório da PF com os depoimentos da Operação Caixa de Pandora apenas três horas antes do início do julgamento.
Arruda foi solto menos de uma hora depois da decisão do STJ. Cerca de 50 apoiadores esperavam o ex-democrata em frente à Superintendência da Polícia Federal, rezando de mãos dadas. Visivelmente abatido e com barba por fazer, Arruda saiu abraçado com a ex-primeira-dama Flávia, sem falar com a imprensa. Ele seguiu para sua casa, onde recebeu a visita de outros investigados do mensalão.