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Sidrolandia

Após Geddel, Dilma dá apoio a Wagner na BA

No palanque do petista, presidenciável voltou a dizer que não aponta preferências, mas privilegia colega ao tratá-lo como "irmão de alma"

Estadão

28 de Junho de 2010 - 10:08

Há uma semana, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, participou, em Salvador, da convenção do PMDB baiano, que lançou a candidatura do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima ao governo do Estado. No domingo, 27, voltou a Salvador para a convenção que homologou o petista Jaques Wagner candidato à reeleição.

Na segunda-feira passada, apoiada por Geddel, Dilma elogiou o ex-colega de governo em discurso e disse que não poderia responder em quem ela indicaria o voto, em respeito a Wagner, atual governador e colega de partido. Na convenção do PT ontem, a presidenciável voltou a dizer que não aponta preferências. "Até porque não voto na Bahia", justificou.

Mas no palanque mostrou outro comportamento. "Eu, você (Wagner) e o presidente Lula somos irmãos de alma, participamos do mesmo projeto de transformação da Bahia e do Brasil", disse, durante discurso. E ainda chamou o colega de "meu querido amigo Jaques".

Para não pedir votos explicitamente para o atual governador, Dilma ainda disse ter ligado, antes da convenção, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria pedido para repassar o recado de apoio a Wagner.

De acordo com Wagner, não há razão para o eleitorado ficar confuso com o apoio de Dilma a ele e a Geddel. "Na verdade, não é ela quem pede votos a nós, somos nós que pedimos votos a ela", argumentou.

Galego. Para não deixar dúvidas, porém, Wagner lançou mão de alguns artifícios, como assumir o apelido de Galego - como Lula o chama - na campanha e colocar uma fala do presidente em seu jingle.

Diz o trecho da canção, em ritmo de forró: "Lula deu o recado / Desse galego, eu não abro mão / (Voz do presidente): "Esse galego é meu irmão de fé. O povo vai votar em Wagner governador da Bahia"."

Vinculação. O governador, porém, não concorda com a tese de que sua campanha tenta vincular sua imagem à do presidente. "Não se trata de colar imagem, mas de tocar um projeto político que estamos construindo há 30 anos", disse.

Wagner terá como candidato a vice, para enfrentar o peemedebista Geddel Vieira, Otto Alencar (PP) e, como candidatos ao Senado, os deputados Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB).