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Sidrolandia

Após tropeços, presidente Lula fará tour com Dilma Rousseff

Ele lembra que, em 1994, tinha cerca de 40% nessa época, enquanto FHC atingia em torno de 10%

Folha On-line

30 de Abril de 2010 - 09:35

O presidente Lula já definiu uma das estratégias para tentar vitaminar a candidatura de Dilma Rousseff a partir de julho: fará, depois da Copa, viagens em tom de despedida pelo país, quando dirá que a ex-ministra é a única que dará continuidade às políticas de seu governo.

Além disso, Lula confidenciou a aliados que prepara uma "série de atos de impacto" para buscar uma virada na eleição, mantidos em sigilo por enquanto. Tudo, porém, está reservado para acontecer depois da Copa. O presidente tem insistido que a eleição só começará após os jogos na África do Sul e que não adianta ter "ansiedade" nessa fase da campanha.

Nos últimos dias, Lula tem pedido calma aos integrantes da campanha de Dilma, diante do início de tensão provocado pelo que classificam de noticiário negativo e pelos resultados das últimas pesquisas, mostrando o tucano José Serra entre sete e dez pontos percentuais à frente da petista.

Lula disse a Dilma e sua equipe que eles não precisam entrar em "crise" na eventualidade de a ex-ministra cair nas próximas pesquisas -ela está na casa dos 30%. Ele lembra que, em 1994, tinha cerca de 40% nessa época, enquanto FHC atingia em torno de 10%. Depois, ancorado no Plano Real, o tucano virou e ganhou no primeiro turno.

Nas conversas, o presidente tem dito que seu governo será a "âncora de Dilma" e vai garantir sua virada quando a eleição começar de fato. Lula tem resistido a atender apelos do comando de campanha para fazer mais viagens ao lado da ex-ministra. Para o petista, ele não pode "banalizar" sua presença ao lado de Dilma nessa fase, quando boa parte do eleitorado ainda não está ligado na disputa. Seria "gastar munição".

Na visão de Lula, Dilma deve dar prioridade nesse momento a treinamentos com sua equipe visando se preparar para programas de TV e rádio, buscando usar uma linguagem "mais simples e direta, frases curtas e evitar termos técnicos".

O presidente avalia que os erros atuais não são graves e que Dilma já evoluiu. Os deslizes, porém, não poderiam se repetir na fase oficial de campanha, principalmente nos debates.