Assentados fazem manifestação e Saúde anuncia reabertura de posto com técnico de enfermagem

A Prefeitura vai reabrir a partir da próxima quinta-feira a Unidade Básica de Saúde da Família do Capão Seco que até o final do ano terá um técnico de enfermagem para fazer o primeiro atendimento. Este profissional fará triagem dos pacientes, pedirá o encaminhamento daqueles casos mais graves para UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O atendimento com médico, dentista e enfermeira, será oferecido às sextas-feiras no posto e as quartas-feiras na sede do assentamento do Eldorado.

As medidas foram anunciadas pelo secretário municipal de Saúde, Nélio Paim, que ao lado dos outros secretários, dos vereadores Carlos Henrique e Jean Nazareth, presidente da Câmara, recebeu uma comissão de quatro assentamentos.

Eles foram escolhidos por um grupo de aproximadamente 40 moradores da região do Capão Seco que vieram se manifestar diante do Paço Municipal para cobrar a reabertura do posto de saúde, fechado desde o último dia 1º, com a antecipação do recesso nas UBSFs da zona rural.

Com a manifestação, a quadra em frente do Paço Municipal foi interditada pela Polícia. A PM deslocou seis homens em duas viaturas que ficaram paradas no meio da Rua São Paulo. Os manifestantes foram recebidos pelo secretário de Governo, Clayton Ortega e o procurador da Prefeitura, Luiz Palermo, além do secretário de Saúde. Ficou acertado que os secretários receberiam uma comissão escolhida pelo grupo.

O vereador Carlos Henrique, que também participou da conversa, criticou a ausência do prefeito Marcelo Ascoli e diz não ter entendido a necessidade do encontro ter sido testemunhado por dois policiais armados, um deles o comandante da PM, major Souza Lima e de um agente da Polícia Civil.

Segundo uma das lideranças dos assentados, Claudio Moreira, presidente do núcleo urbano do Capão Seco, o fechamento da UBSF prejudicou bastante a comunidade, especialmente, idosos, portadores de doenças crônicas, que recebiam atendimento regular, mediam pressão, buscavam o medicamento.

“Desde o fechamento do posto, duas pessoas morreram sem receber o primeiro socorro. Eu mesmo, que tenho pressão alta, não consegui ser atendido na UPA para conseguir a receita do remédio”, argumenta.

Os assentados reclamaram da equipe volante que esteve no posto semana. "Os médicos chegaram lá às 9 horas e foram embora às 11 horas, não atendendo ninguém", assegura a assentada Maria do Socorro, que integrou o grupo.