Sidrolandia
Auditoria já comprovou desvio superior a R$ 100 mil e APAE pede a doadores que apresentem comprovantes
O valor do rombo, apurado até aqui, foi comprovado com o rastreamento dos cheques e recibo das doações em dinheiro que não caíram na conta da instituição.
Flávio Paes/Região News
31 de Janeiro de 2018 - 14:00
Em menos de duas semanas de levantamento, a auditoria já comprovou que mais de R$ 100 mil dos R$ 320 mil arrecadados pela APAE durante o leilão beneficente realizado em julho do ano passado, foram desviados para conta de familiares de Glauciomar de Oliveira, o funcionário responsável pelo setor administrativo.
O valor do rombo, apurado até aqui, foi comprovado com o rastreamento dos cheques e recibo das doações em dinheiro que não caíram na conta da instituição.
Segundo o presidente Gláucio Eidi Hisatsugu, muita gente que arrematou bens durante o leilão pagou em dinheiro vivo diretamente a Glauciomar, até então funcionário da absoluta confiança dos dirigentes e beneméritos. Há alguns com pagamentos pendentes.
A partir da apresentação de recibos ou cópias das lâminas dos cheques será possível identificar o rumo que o dinheiro tomou. Este mesmo trabalho será feito em relação às doações dos leilões de 2016 (que rendeu R$ 360 mil) e 2015.
Glauciomar, que até agora não foi ouvido pela Polícia, teria mostrado disposição de devolver o dinheiro que desviou. A auditoria servirá como elemento de prova para respaldar a demissão dele por justa causa, livrando a APAE do pagamento das verbas indenizatórias. Por enquanto ele e a esposa, Jaqueline Nogueira (professora), estão afastados sem remuneração. A mãe não teve o seu contrato (para atuar como professora) prorrogado.
Os bens e as contas bancárias de Glauciomar estão bloqueados. Ele tentou, mas não conseguiu vender por R$ 66 mil um dos três terrenos do qual é proprietário.